O Protocolo Carne Baixo Carbono (CBC) foi lançado no dia 16 de novembro durante a COP 30 em Belém. O programa visa reconhecer e valorizar os produtores rurais que adotam boas práticas agropecuárias voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa, conciliando produtividade e conservação ambiental.
O protocolo, desenvolvido pela Embrapa em parceria com a MBRF e apoio da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, estabelece critérios técnicos e indicadores para certificar propriedades que aplicam sistemas de intensificação sustentável, como:
- Integração Lavoura-Pecuária (ILP).
- Pastagens de alto desempenho produtivo.
- Recuperação de pastagens.
- Manejo eficiente do solo e da água.
Notícias Relacionadas
Essas técnicas promovem maior captura de carbono no solo e na vegetação, reduzindo o impacto climático da atividade pecuária e tornando o uso da terra mais eficiente, com menor pressão sobre novas áreas. Na prática, a CBC garante ao consumidor que a carne foi produzida segundo rigorosos critérios ambientais e processos auditáveis.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, afirmou que o protocolo é um marco na consolidação de uma pecuária mais sustentável, traduzindo em critérios técnicos e mensuráveis o compromisso com a redução de emissões.
Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade da MBRF, destacou que o selo CBC valida os esforços da empresa e reforça a importância da integração entre ciência e campo para reduzir emissões e mostrar que o agronegócio é parte da solução climática global. A MBRF utilizará o selo em seu portfólio, que inclui o Programa Verde+, lançado em 2020, focado em produção, conservação e rastreabilidade.
Natália Grossi, da Amigos da Terra, reforçou que o CBC é um pacote técnico completo que acelera a adoção de tecnologias do Plano ABC+ e pode posicionar o Brasil como liderança global em agricultura sustentável. Os benefícios aos produtores incluem a valorização da carne, acesso a mercados mais exigentes e aumento da resiliência da fazenda.
A expectativa é que o Selo Carne Baixo Carbono se consolide como um marco na transição para uma pecuária de baixo impacto climático, contribuindo diretamente para as metas de descarbonização do Brasil no contexto do Acordo de Paris.
