
O Índice Ceagesp, que acompanha os preços dos alimentos no atacado em São Paulo, registrou queda de 5,52% em janeiro, aprofundando a retração de 3,26% observada em dezembro. O resultado contrasta com o mesmo período do ano anterior, quando houve variação negativa de apenas 0,31%. Em 12 meses, a queda acumulada é de 3,66%.
Frutas Lideram a Queda:
O setor de frutas foi o principal responsável pela redução do índice. O fenômeno climático La Niña, com chuvas abundantes no Brasil, beneficiou a produção e impactou os preços das frutas, que apresentaram a maior variação negativa entre as categorias analisadas. Em janeiro, a queda foi de 10,60%, comparada à retração de 5,08% em dezembro e de 4,83% em janeiro de 2024.
Frutas da época como abacate, pitaia e limão tahiti puxaram a queda, especialmente após um período de alta devido à quebra de safra. Dos 48 itens da cesta de frutas, 65% tiveram redução de preços, com destaque para o abacate geada (-58,14%), maracujá doce (-50,73%) e pitaia (-48,74%). O abacate geada, por exemplo, atingiu R$ 4,75/kg, enquanto a pitaia e o limão tahiti foram comercializados a R$ 9,76/kg e R$ 2,34/kg, respectivamente.
Frutas Refrescantes em Alta:
Apesar da queda geral, algumas frutas registraram alta nos preços, impulsionadas pela demanda do verão. O coco verde subiu 34,95%, chegando a R$ 3,61/unidade, e a laranja lima teve alta de 31,99%, alcançando R$ 6,26/kg. A manga Tommy Atkins (R$ 3,13/kg), a manga Palmer (R$ 2,88/kg) e a melancia (R$ 1,92/kg) também apresentaram valorização.
Verduras:
O setor de verduras também fechou janeiro com variação negativa de 3,79%. As férias escolares impactaram a comercialização, resultando em queda nos preços de alfaces. Dos 39 itens da cesta, 62% tiveram preços menores, com destaque para alface americana (-33,19%), alface crespa (-33,16%), almeirão comum (-31,74%), alface lisa (-30,85%) e salsa (-23,80%).
As principais altas foram observadas em alho-poró (+31,92%), repolho verde/liso (+29,09%), chicória (+13,29%), couve-flor (+12,14%) e espinafre (+9,73%).
Legumes:
O setor de legumes, por outro lado, apresentou alta de 4,25%, revertendo a tendência de queda dos meses anteriores. Chuchu (+70,40%) e tomate sweet grape (+59,99%) lideraram as altas.
A produção de abobrinha italiana, prejudicada pelas chuvas em Minas Gerais e São Paulo, teve queda de 34,5% na oferta, elevando o preço para R$ 3,01/kg. Em 12 meses, a abobrinha italiana acumula alta de 85,9%.
Diversos:
No setor de diversos, houve queda de 0,83%, com destaque para as reduções nos preços da batata asterix e da batata lavada.