A indústria avícola da África do Sul, um setor estratégico que movimenta R$ 65 bilhões e emprega milhares de pessoas, enfrenta desafios e incertezas em 2025. A gripe aviária altamente patogênica (HPAI) continua sendo a principal preocupação, com impactos na produção e nas exportações.
Impacto da Gripe Aviária
A persistência da HPAI limita a capacidade produtiva do setor, com algumas fazendas ainda se recuperando dos surtos de 2023. A implementação de programas de vacinação esbarra em dificuldades, e a ausência de compensação pelo abate de aves afetadas desestimula os produtores. As negociações com o governo para encontrar soluções para esses problemas seguem em andamento.
Notícias Relacionadas
Importações e Exportações
O cenário das importações mudou, com aumento na entrada de carne desossada mecanicamente (MDM) e vísceras, que não enfrentam tarifas. A Argentina tem se destacado como um grande exportador para a África do Sul, pressionando os produtores locais.
No campo das exportações, houve progresso na abertura de novos mercados, com a expectativa de inspeções do Reino Unido e da Arábia Saudita nos próximos meses. O foco inicial será na exportação de produtos de frango cozido.
Custos e Preços
Os altos custos de produção, impulsionados pela elevação dos preços do milho e da soja, e a desvalorização da moeda local (rand) seguem pressionando o setor. Apesar do aumento no preço médio ao produtor em 2024, a indústria permanece cautelosa.
Proposta de Isenção de IVA
Para aliviar a pressão sobre os consumidores e apoiar os produtores locais, a SAPA propôs a isenção de IVA para cortes e vísceras de frango congelado. A medida visa oferecer produtos mais acessíveis à população e estimular o consumo interno.
Perspectivas
A indústria avícola sul-africana enfrenta um ano desafiador, com a gripe aviária e os custos de produção como principais obstáculos. A busca por soluções para a vacinação contra a HPAI, a abertura de novos mercados de exportação e a isenção de IVA são medidas cruciais para garantir a sustentabilidade do setor.
Referência: Forbes/Poultry World
