Especialista prevê queda nas importações e nos preços, com impacto na produção global.
O mercado de carne suína na China, maior consumidor mundial do produto, enfrenta um momento de incerteza e desafios. Segundo Zhu Zengyong, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, o consumo de carne suína no país atingiu seu limite e não há espaço para crescimento no futuro próximo.
Demanda estagnada e excesso de oferta
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O aumento da demanda chinesa por carne suína nos últimos anos impulsionou a expansão e modernização das granjas de suínos no país. No entanto, o enfraquecimento da economia e outros fatores levaram a uma queda no consumo, criando um excedente de produção que derrubou os preços.
Impacto nas importações
Zhu prevê que as importações de carne suína pela China cairão ainda mais em 2025, após a redução de 15,7% registrada em 2024. Essa queda nas importações afeta diretamente os principais exportadores globais, como Brasil, Estados Unidos e União Europeia.
Recomendações para o setor
Diante desse cenário, o especialista recomenda que as empresas chinesas concentrem seus esforços na redução de custos e na melhoria da eficiência, em vez de expandir a capacidade de produção. Ele alerta que um aumento no número de porcas reprodutoras em 2025 pode pressionar ainda mais os preços dos suínos.
Política do governo chinês
O governo chinês vem adotando medidas para controlar a produção de carne suína, como a redução da meta nacional de retenção de porcas reprodutoras e a emissão de regulamentações para o abate de suínos. No documento nº 1, divulgado no domingo (23), o Conselho de Estado reforçou a necessidade de regular a capacidade de produção de carne suína.
Perspectivas
As previsões de Zhu Zengyong apontam para um cenário desafiador para o setor de carne suína na China e no mundo. A queda nas importações e nos preços deve impactar a produção global e exigir adaptação por parte dos produtores. A indústria precisa se preparar para um período de ajuste, buscando maior eficiência e competitividade para enfrentar os desafios do mercado.
Referência: Reuters
