Os preços da soja no mercado brasileiro continuam demonstrando uma tendência de alta. De acordo com informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em Mato Grosso, o maior produtor do país, a cotação média da soja alcançou R$ 109,06 a saca de 60 quilos. Esse valor representa um aumento de 0,93% em comparação com a segunda-feira (7/4).
Além de Mato Grosso, levantamentos da Scot Consultoria apontam para uma elevação nos preços da soja em diversas outras praças do Brasil:
- Luís Eduardo Magalhães (BA): R$ 118,50 (alta de 1,72%)
- Rio Verde (GO): R$ 118 (+2,61%)
- Balsas (MA): R$ 115 (+0,44%)
- Triângulo Mineiro: R$ 118,50 (+0,42%)
- Dourados (MS): R$ 120 (estabilidade)
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Nos portos, as cotações da soja são as seguintes:
- R$ 132 em Santos (SP), com um aumento de 0,38%
- R$ 136 em Rio Grande (RS), com uma valorização de 0,74%
Um fator importante que tem contribuído para a sustentação dos preços internos é a alta dos prêmios de exportação. Esses diferenciais têm se mostrado um suporte significativo, especialmente diante do cenário de guerra comercial entre Estados Unidos e China, que continua a se intensificar.
A Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep) informa que todos os meses de entrega da soja estão sendo negociados com ágio em relação aos contratos de mesmo vencimento na bolsa de Chicago. Esses valores de ágio variam entre US$ 0,85 e US$ 1,15.
Paralelamente, o dólar voltou a se valorizar na terça-feira. A moeda americana chegou a superar a marca de R$ 6 durante o dia, embora tenha fechado a R$ 5,99. Mesmo assim, essa cotação final representa uma alta de 5,52%.
Segundo Matheus Pereira, da consultoria Pátria Agronegócios, “a valorização da moeda americana tem sido um aliado importante na negociação internacional. Com o câmbio em elevação, o exportador brasileiro consegue oferecer preços competitivos à China e, ainda assim, garantir boas margens ao produtor”.
O mercado internacional de soja na Bolsa de Chicago também registrou um dia de alta, recuperando-se de perdas anteriores. O contrato para maio fechou a US$ 9,92 o bushel (aumento de 0,99% ou US$ 0,0975), e o contrato para julho voltou a superar os US$ 10, fechando a US$ 10,04 o bushel (alta de 0,7% ou US$ 0,07).
