
As conversas para um possível acordo comercial entre China e Estados Unidos não tiveram impacto significativo nos preços dos grãos negociados na bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (7/5). No mercado da soja, os contratos para julho fecharam em leve queda de 0,19%, cotados a US$ 10,3925 o bushel.
Pela manhã, a soja chegou a operar em alta, impulsionada pela notícia da reunião entre representantes chineses e americanos para discutir um acordo comercial. A expectativa era de que um entendimento aumentaria a demanda por produtos americanos, incluindo a soja. No entanto, o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco, avalia que o mercado permanece cético até o início efetivo das conversas, dada a incerteza e o histórico de tentativas frustradas. Ele acredita que um acordo que beneficie a demanda por soja dos EUA ainda deve ocorrer, mas, até lá, o Brasil continuará sendo um importante fornecedor para a China. Pacheco informou que a China comprou um grande volume de soja recentemente, com a maior parte proveniente do Brasil.
O preço do milho também registrou queda em Chicago, recuando 1,37% nos contratos para julho, fechando a US$ 4,4925 o bushel. As atenções do mercado permanecem voltadas para o rápido avanço do plantio nos Estados Unidos, com boas condições climáticas elevando a expectativa de uma safra recorde em 2025/26.
O trigo seguiu a mesma tendência, fechando em queda de 0,33% nos contratos para julho, que terminaram a sessão cotados a US$ 5,3425 o bushel. As lavouras de inverno nos EUA apresentam bom desenvolvimento, e sem preocupações climáticas significativas, a tendência de baixa para o cereal se mantém.