
A legislação sanitária brasileira, incluindo a RDC 216 da Anvisa e normas de Boas Práticas de Manipulação (BPM), proíbe o uso de objetos pessoais — como celulares — em áreas de preparo de alimentos devido ao alto risco de contaminação e aos impactos na segurança operacional. Embora a norma não cite explicitamente a palavra “celular”, o princípio é claro: qualquer item que possa comprometer a higiene não deve estar na área de produção.
O celular é um dos principais agentes de risco. Por estar constantemente em contato com mãos, bolsos, superfícies externas e, muitas vezes, até banheiros, o aparelho acumula quantidade elevada de bactérias e fungos. Estudos mostram que um smartphone pode ter mais germes que um assento sanitário, incluindo microrganismos como E. coli e Salmonella, capazes de causar Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs).
Além do risco sanitário, o uso do celular aumenta a chance de acidentes de trabalho, já que a distração pode provocar cortes, queimaduras ou falhas de operação em ambientes que exigem atenção total.
Para garantir segurança, a recomendação é que os celulares sejam mantidos fora da cozinha, em armários ou áreas específicas, com regras claras definidas no Regulamento Interno (RIT) da empresa, incluindo exceções e penalidades.
Evidências de contaminação
- Universidade do Arizona (EUA): celulares com até 10 vezes mais bactérias que assentos sanitários, registrando mais de 17 mil cópias de genes bacterianos em aparelhos avaliados.
- Reino Unido: pesquisa mostrou smartphones com até 558% mais germes que um vaso sanitário, reforçando o alto risco de contaminação cruzada.
Manter o celular longe das áreas de produção é, portanto, uma medida básica — e comprovadamente necessária — para preservar a segurança dos alimentos e a saúde dos consumidores.
Referência: Mundo Food Service/ Zania Machado











