
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça-feira (9), do evento Diplomatas da Agricultura no Brasil (DAB), realizado na Embaixada da Colômbia, em Brasília. O encontro reuniu adidos agrícolas e autoridades para debater o tema Agro e novas indústrias energéticas no Brasil, com foco no avanço do biogás e do biometano como vetores estratégicos da transição energética.
Durante o painel, a assessora técnica da CNA, Eduarda Lee, destacou o papel central do agronegócio brasileiro nesse processo, ressaltando que o país possui uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo e ampla capacidade de ampliar soluções limpas, sustentáveis e competitivas. Segundo ela, o agro integra de forma cada vez mais consistente a produção de alimentos, energia e sustentabilidade.

Eduarda enfatizou o potencial dos biocombustíveis plenamente integrados à produção agropecuária, capazes de transformar resíduos agrícolas e pecuários em energia, substituir o uso de diesel no campo e reduzir emissões de carbono e outros gases de efeito estufa. De acordo com a representante da CNA, a diversidade de matérias-primas disponíveis no Brasil, especialmente dos setores sucroenergético, pecuário, da suinocultura e das agroindústrias, coloca o país em posição privilegiada para expandir a geração de energia renovável com impactos positivos sobre a eficiência produtiva, a sustentabilidade e o desenvolvimento regional.
A assessora também destacou que o biogás e o biometano viabilizam uma economia circular efetiva, ao gerar energia firme, biofertilizantes e redução de custos ao longo do ciclo produtivo. No debate, a CNA reforçou que a consolidação dessas cadeias depende de previsibilidade e segurança regulatória, além de infraestrutura adequada e instrumentos de incentivo capazes de atrair investimentos.
Políticas públicas como o RenovaBio, o Combustível do Futuro e o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) foram citadas como iniciativas fundamentais para impulsionar o desenvolvimento do setor e ampliar a participação do agro brasileiro na agenda energética nacional.










