Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,41 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,31 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,73 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,79 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 125,96 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,57 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 119,19 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 133,13 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,11 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.185,08 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.023,45 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,84 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Insumos

#TBT Agrimidia: "Moratória impacta abastecimento de insumos para a avicultura brasileira" em 1987

#TBT Agrimidia: "Moratória impacta abastecimento de insumos para a avicultura brasileira" em 1987

Publicado originalmente na edição nº 930 da revista Avicultura Industrial, de junho de 1987, este texto registra um dos episódios mais críticos enfrentados pelo setor avícola nacional: os efeitos imediatos da moratória decretada pelo governo brasileiro, que comprometeu o abastecimento de insumos essenciais para a produção de frangos e ovos.

A medida impactou diretamente a importação de matérias-primas fundamentais para a fabricação de defensivos animais, rações e suplementos minerais. Segundo Nelson Antunes, então presidente do Sindicato Nacional de Defensivos Animais (Sindan), a exigência de cartas de crédito internacional por parte dos países exportadores criou um obstáculo adicional para o setor, dificultando a entrada de produtos como o ácido fosfórico, indispensável à formulação de rações balanceadas.

O risco apontado à época era grave: sem esse insumo, a produção de aves e carne bovina poderia sofrer uma redução superior a 50%. Além disso, a queda nas importações, já perceptível em 1987 em comparação a 1986, ampliava as incertezas para produtores e indústrias, que buscavam alternativas para manter suas operações.

Este episódio reforça como a avicultura brasileira, ainda em processo de consolidação, demonstrava vulnerabilidade frente a políticas macroeconômicas e à dependência de insumos importados, evidenciando a necessidade de estratégias estruturantes para garantir sua autonomia produtiva.

Texto:

Moratória impacta abastecimento de insumos para avicultura

As recentes mudanças na área econômica brasileira, especialmente após a decretação da moratória, geraram forte expectativa nos setores empresariais, que aguardam novas linhas de financiamento ou medidas de apoio do governo federal para evitar a paralisação de suas atividades.

No setor avícola, que inclui a produção de rações, medicamentos e outros insumos essenciais, a situação é considerada crítica. Segundo Nelson Antunes, presidente do Sindicato Nacional de Defensivos Animais (Sindan), há grande dependência de matérias-primas importadas ou de síntese para a fabricação de defensivos animais. Com a moratória, países credores já passaram a exigir do Brasil cartas de crédito internacional, emitidas por bancos de primeira linha, como condição para manter as exportações ao mercado brasileiro.

Essa exigência representa um desafio adicional para as empresas nacionais, que precisam garantir novas formas de crédito para manter o fluxo de insumos. Segundo Antunes, a dificuldade já está afetando a oferta de matérias-primas, como o ácido fosfórico, essencial para a formulação de suplementos minerais e rações. “Sem esse insumo, as rações não conterão fósforo, o que pode acarretar queda de mais de 50% na produção de aves e carne bovina”, alertou.

Outro impacto destacado é a limitação das quantidades importadas, que em 1987 já se mostraram significativamente inferiores às de 1986, agravando ainda mais o cenário para produtores e indústrias.

A moratória também pressiona as empresas a buscarem alternativas para manter as operações de suas filiais, seja no Brasil ou no exterior, intensificando a necessidade de uma resposta rápida e eficaz do governo para assegurar o abastecimento e a competitividade do setor agropecuário nacional.