
Em relatório divulgado nesta quinta-feira (11), o Santander promoveu uma mudança estratégica em sua carteira de proteínas, elegendo o setor de frango como o grande vencedor para 2026. O banco elevou a recomendação das ações da JBS e da MBRF (nova identidade do grupo Marfrig após a incorporação da BRF) para “compra”, citando a resiliência do consumo e, principalmente, o alívio nos custos de produção.
Na contramão, a instituição reduziu sua exposição à Minerva, cuja operação é focada 100% em carne bovina, sinalizando cautela com o ciclo do gado.
A tese dos analistas baseia-se em uma “tempestade perfeita” positiva para a avicultura: a expectativa de que os preços dos grãos (milho e soja) permaneçam baixos devido à superoferta e às mudanças nos fluxos de compra da China, o que turbina as margens de quem produz frango.
Além disso, o relatório aponta que, enquanto o ciclo do gado nos EUA segue desafiador e pressiona margens de bovinos, a demanda por frango no mercado interno brasileiro e global segue firme.
Para a JBS (listada em Nova York), o preço-alvo foi mantido em US$ 17, com o banco vendo gatilhos adicionais de valorização, como a possível entrada da empresa no índice Russell nos EUA. Já para a MBRF, o preço-alvo foi elevado para R$ 26, refletindo a captura de sinergias operacionais após a fusão e o cenário favorável para a divisão de aves (antiga BRF).
A Minerva, por sua vez, perdeu brilho na visão do banco devido à sua dependência exclusiva do ciclo do boi, que deve ter margens mais apertadas em comparação ao frango no próximo ano.
Referência: Neofeed












