Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,21 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,60 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,91 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,34 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 106,48 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 112,73 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 121,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 123,17 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 102,62 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 114,21 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 111,43 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 104,92 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 112,55 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 127,71 / cx

Negócios

Relatório vê risco para JBS e Marfrig com excesso de frango em 2026

Relatório alerta para nova onda de oferta de frango em 2026, revelando riscos de margem para JBS e Marfrig

Relatório vê risco para JBS e Marfrig com excesso de frango em 2026

Um relatório recente do Santander acendeu a luz amarela para o setor de proteínas no Brasil. Analistas do banco projetam uma nova e robusta onda de oferta de frango para 2026, baseada em sinais antecipados das Guias de Trânsito Animal (GTAs) do Ministério da Agricultura.

O aumento nos plantéis, que até então era impulsionado por fatores conjunturais, como a menor exportação de ovos férteis e retenção de matrizes, está prestes a se tornar estrutural, alimentado por uma expansão real vinda dos fornecedores de genética.

A análise aprofundada do banco baseia-se na complexa “pirâmide genética” da avicultura. O sistema de rastreamento via GTAs permite monitorar a movimentação desde as linhagens puras e bisavós até os frangos de corte comerciais. Os dados indicam que a base produtiva está se alargando na origem, o que inevitavelmente resultará em um volume significativamente maior de carne disponível no mercado ao longo do próximo ano. Até o momento, a demanda interna tem conseguido absorver o crescimento da produção, mantendo o mercado equilibrado, mas a dinâmica deve mudar.

A variável crítica para evitar um colapso nos preços do frango em 2026 será, curiosamente, o comportamento do ciclo pecuário. O Santander avalia que o preço da carne bovina atuará como o fiel da balança: se a carne de boi permanecer cara, o consumidor tenderá a manter a migração para o frango (efeito substituição), sustentando o consumo.

No entanto, se o boi baratear em meio a essa enxurrada de oferta avícola, o frango perderá competitividade, gerando um desequilíbrio severo entre oferta e demanda.

Nesse cenário, a pressão sobre as margens operacionais torna-se o principal ponto de atenção para os investidores de JBS (JBSS32) e Marfrig (MRFG3/BRF). Caso a superoferta se concretize sem a proteção de preços altos no boi, a indústria poderá enfrentar uma compressão de rentabilidade, sendo forçada a aplicar descontos agressivos para escoar a produção.

O banco alerta que isso reverteria o ciclo positivo recente de margens, exigindo que o mercado monitore mês a mês os custos dos grãos e os níveis de alojamento para mensurar o impacto real nos balanços de 2026.

Referência: Money Times