Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 70,15 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,64 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,37 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,77 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,82 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,28 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,33 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 136,39 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 139,78 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 149,48 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 152,21 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,31 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 143,92 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,15 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.184,03 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.025,81 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 144,47 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 136,63 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 128,37 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 156,06 / cx

Revista

Reforço da biosseguridade em granjas de ovos comerciais na Avicultura Industrial de Julho

Entenda o reforço da biosseguridade em granjas de ovos comerciais na avicultura industrial e sua importância para a segurança alimentar

Reforço da biosseguridade em granjas de ovos comerciais na Avicultura Industrial de Julho
  1. Introdução

A avicultura de postura comercial é uma atividade econômica de grande importância no Brasil, presente em praticamente todos os municípios. Ela gera renda, empregos e desenvolvimento, além de contribuir diretamente para a segurança alimentar da população. Há décadas, esse setor vem evoluindo na aplicação de tecnologias, na qualidade da produção e dos produtos, no aumento da produção e no consumo per capita de ovos no país. Os avanços nos sistemas de produção, nas instalações, nos equipamentos, na nutrição, na genética e na sanidade dos plantéis têm sido acompanhados por constantes atualizações e melhorias nas legislações aplicáveis à avicultura de postura.

Com enfoque na biosseguridade, a Instrução Normativa nº 56 (IN 56) de 2007, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), representou um importante avanço normativo que ainda está em vigor. Essa instrução, juntamente com outras normas complementares federais, estaduais e municipais, orienta as ações que devem ser realizadas, comprovadas e fiscalizadas nas granjas brasileiras. Na avicultura, a biosseguridade consiste na adoção de um conjunto de medidas e procedimentos operacionais que têm como objetivo prevenir, controlar e limitar a exposição das aves do sistema produtivo a agentes causadores de doenças. Ao implementar e manter boas práticas de produção, os produtores podem minimizar os riscos de introdução e disseminação de doenças em suas granjas.

Diante da disseminação da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) nos principais países produtores de ovos, carne de frango e outras aves de interesse econômico, e considerando o primeiro foco confirmado em uma granja comercial no Brasil, em maio de 2025, todo o setor avícola brasileiro está mobilizado e engajado para mitigar riscos e minimizar impactos negativos. Este artigo tem como objetivo propor uma reflexão sobre os principais pontos críticos relacionados à biosseguridade e ao manejo em granjas avícolas de postura comercial. Ele aborda aspectos que podem ser ajustados e aprimorados para garantir maior proteção contra doenças de alto impacto econômico, garantir maior produtividade e qualidade dos produtos. O conteúdo é direcionado aos granjeiros, responsáveis técnicos (RT), técnicos de campo e colaboradores das granjas.

  1. Algumas medidas que podem ser mais críticas

Os programas de biosseguridade nas granjas de produção de ovos são formados por diversas ações, cada uma adicionando uma camada de proteção. Todas essas medidas são essenciais e contribuem significativamente para a segurança da granja. A seguir, são apresentadas orientações práticas sobre procedimentos e ações críticas que podem representar oportunidades de melhoria nos programas de biosseguridade e no manejo de rotina das granjas.

  1. Isolamento, delimitação e instalações essenciais da granja

A granja deve estar em conformidade com a legislação vigente, especialmente no que diz respeito às distâncias mínimas de outros estabelecimentos, como incubatórios, granjas de matrizes e fábricas de ração. Além disso, é imprescindível que conte com as instalações físicas necessárias para garantir um nível adequado de biosseguridade. O perímetro da granja (ou núcleo) deve incluir uma cerca de isolamento, situada a pelo menos 5 metros de distância das instalações, com altura mínima de 1 metro e sem aberturas ou falhas que possibilitem a entrada de animais domésticos e silvestres. É fundamental que os aviários sejam devidamente telados, com malha de no máximo 1 polegada (Figura 1), e que todas as frestas e aberturas, como as bordas do telhado e lanternins, estejam devidamente vedadas. É fundamental garantir a integridade da tela, sem avarias que possam oferecer buracos para acesso de aves silvestres e outros animais. Preferir telas com maior vida útil, em razão da dificuldade de realizar manutenções durante o lote, custos e prejuízos com queda de postura. No portão de acesso, que deve permanecer fechado em tempo integral, exceto durante o uso, recomenda-se a instalação de uma placa de orientação com a frase: “Entrada proibida para pessoas não autorizadas”.

Figura 01: Tela de até 1 polegada de malha como elemento de isolamento físico do aviário. Foto: João Dionísio Henn – Embrapa Suínos e Aves.

Também é fundamental a instalação de um arco de desinfecção de veículos no portão da granja, ou sistema equivalente, para garantir a completa higienização dos veículos que precisam acessar a granja. É necessário realizar testes frequentes para verificar se o sistema é acionado corretamente com a presença de veículos e se funciona adequadamente. Além disso, é indispensável avaliar a diluição e o prazo de validade do desinfetante utilizado no arco de desinfecção, garantindo que a solução (água + desinfetante) seja trocada periodicamente. Uma solução cuja concentração do princípio ativo não esteja mais adequada perderá sua eficácia, comprometendo os resultados esperados.

O escritório da granja também desempenha um papel essencial, funcionando como ponto de acesso único. Esse espaço deve ser devidamente dividido em área suja e área limpa, contando com um banheiro que atenda ambas as áreas (externa e interna), roupas e calçados específicos e higienizados para uso na granja, orientações sobre as normas da empresa, requisitos de biosseguridade e livro de visitas, além de uma área destinada ao escritório, onde ficam armazenados os documentos e se realizam atividades administrativas.

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