O agronegócio brasileiro de proteína animal encerra 2025 com uma demonstração inequívoca de força e competitividade. Dados apresentados nesta terça-feira (03) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) confirmam que as cadeias de ovos, carne de frango e carne suína baterão recordes simultâneos em todos os seus indicadores fundamentais: produção, consumo interno e exportação. Ricardo Santin, presidente da entidade, destacou a “resiliência” do setor após um ano de turbulências, apontando para um cenário futuro de custos equilibrados e demanda sustentada.
O destaque percentual do ano ficou por conta da postura comercial. A produção de ovos deve atingir a marca inédita de 62,250 bilhões de unidades em 2025, um salto de 7,9% sobre o ano anterior. No entanto, foi no comércio exterior que o segmento surpreendeu: as exportações devem fechar o ano com 40 mil toneladas, um crescimento expressivo de 116,6% em relação a 2024. O consumo doméstico também acelerou, com cada brasileiro consumindo, em média, 287 ovos este ano (+6,7%).
Nas carnes, o Brasil reafirma sua posição de liderança global. A produção de carne de frango totalizará 15,320 milhões de toneladas (+2,2%), com disponibilidade interna de 9,980 milhões de toneladas, elevando o consumo per capita para 46,8 kg. Já a suinocultura apresentou um vigoroso crescimento de 4,6% na produção, estimada em 5,550 milhões de toneladas. As exportações de suínos foram o grande motor do segmento, projetadas para alcançar 1,490 milhão de toneladas, uma alta de 10% sobre os embarques de 2024.
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Projeções de Expansão para 2026
A ABPA traçou um panorama otimista para o próximo ano, prevendo a continuidade da trajetória ascendente em todas as cadeias. As estimativas para 2026 indicam:
- Ovos: Produção de até 66,5 bilhões de unidades (+6,8%) e consumo per capita rompendo a barreira das 300 unidades (chegando a 307 por habitante).
- Carne de Frango: Produção estimada em 15,600 milhões de toneladas (+2%) e exportações atingindo 5,500 milhões de toneladas (+3,4%).
- Carne Suína: Expectativa de 5,700 milhões de toneladas produzidas (+2,7%) e exportações chegando a 1,550 milhão de toneladas (+4%).
Referência: ABPA
