
O governo de Mato Grosso agiu rapidamente e instaurou estado de emergência zoossanitária com duração de 90 dias, após a confirmação laboratorial da presença do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) na capital. O foco foi identificado em uma criação doméstica de subsistência em Cuiabá e validado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP), acionando imediatamente os mecanismos de defesa do estado para blindar o setor produtivo e evitar que o patógeno se espalhe para outras áreas.
Para conter o avanço da doença, equipes do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) executaram o saneamento da propriedade afetada, realizando o sacrifício sanitário de todas as aves para eliminar a fonte de infecção. Simultaneamente, foi desenhado um perímetro de segurança rigoroso: num raio de 3 km (zona perifocal), técnicos realizam vigilância ativa em todas as propriedades, enquanto uma zona de proteção estendida cobre até 10 km. Barreiras de fiscalização também foram montadas para impedir o trânsito de animais e materiais de risco na região.
É crucial destacar que, segundo as normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a detecção em aves de fundo de quintal não altera o status do Brasil como livre da doença perante o comércio internacional global. O Ministério da Agricultura e o Indea reforçam que não há risco algum para a população no consumo de carne de frango e ovos que passaram por inspeção oficial, e que a avicultura industrial do estado, vital para a economia local, segue operando normalmente, com protocolos de biosseguridade reforçados.
Apesar da manutenção do status sanitário nacional, o mercado externo aplica protocolos automáticos de cautela. Em virtude de acordos bilaterais específicos, o Japão anunciou a suspensão temporária das importações de carne de aves e ovos provenientes apenas do município de Cuiabá. Essa restrição cirúrgica demonstra a eficácia da diplomacia sanitária brasileira, que negociou a regionalização das barreiras ao longo do ano, impedindo que um foco isolado na capital bloqueie as exportações de todo o estado de Mato Grosso.
Referência: Mapa











