
O fenômeno La Niña, que influenciou o clima global nos últimos anos, está perdendo força e chega ao fim. No entanto, sua despedida não garante estabilidade imediata. A combinação entre o enfraquecimento do fenômeno no Pacífico e o resfriamento das águas do Atlântico na costa brasileira deve provocar chuvas irregulares na região central do país e calor intenso neste primeiro trimestre de 2026.
Para Janeiro, a previsão indica corredores de umidade concentrados no Centro do Brasil, mas com distribuição desigual. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul podem ter intervalos maiores entre as chuvas, embora sem risco de secas prolongadas. O destaque positivo fica para o Sul, onde o aquecimento do oceano na costa argentina deve garantir boas chuvas e baixo risco de estiagem. Já o Matopiba exige atenção: a região pode enfrentar chuvas intercaladas e períodos de seca que demandam cautela do produtor. As temperaturas devem ficar de 2°C a 3°C acima da média em áreas do Centro-Oeste e Norte.
A virada para Fevereiro traz uma inversão de cenário preocupante para a logística da safra. O Centro-Norte (MT, GO, TO, MG) deve enfrentar excesso de chuvas e “invernadas”, o que pode paralisar a colheita da soja e atrasar o plantio do milho safrinha. Enquanto isso, a Região Sul entra em alerta para possíveis veranicos. Em Março, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ganha força, mantendo o Matopiba úmido e dificultando a colheita, enquanto o Rio Grande do Sul deve ver o retorno da umidade regular, caminhando para a neutralidade climática.
Referência: Valor Econômico











