
Uma vitória diplomática e sanitária marca a última semana de 2025 para o agronegócio brasileiro. O Canadá anunciou a retirada das restrições à importação de carne de aves do Brasil, impostas após o caso isolado de gripe aviária em Montenegro (RS), em maio deste ano.
Com essa decisão, o país recupera o acesso a todos os mercados internacionais que haviam aplicado bloqueios sanitários devido ao episódio, encerrando o ano com “ficha limpa” no cenário global.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, celebrou a rapidez da reconquista do status sanitário, um feito inédito se comparado aos Estados Unidos e Europa, que ainda enfrentam embargos.
“O vírus entrou na granja, mas não saiu. Fizemos a lição de casa com transparência e respondemos aos questionários mais duros, como o do Canadá”, explicou. A ABPA projeta que, mesmo com os desafios do ano, as exportações de 2025 fechem com alta de 0,5% (5,3 milhões de toneladas) e prevê um salto de 3,4% para 2026.
Apesar da “bandeira branca” sanitária para a gripe aviária, restam arestas a aparar. O Ministério da Agricultura trabalha para reverter o bloqueio que a China ainda mantém a oito frigoríficos gaúchos devido ao caso de Doença de Newcastle ocorrido em Anta Gorda (RS), ainda em julho de 2024. Uma missão oficial à China está marcada para janeiro de 2026.
Paralelamente, um novo foco de gripe aviária em ave de fundo de quintal foi confirmado nesta semana em Cuiabá (MT), mas graças aos acordos de regionalização, o Japão restringirá as compras apenas do município afetado, poupando o restante do estado.
Referência: Money Times











