
A Alemanha enfrenta uma escalada crítica de surtos de Influenza Aviária. Um novo levantamento do laboratório nacional de referência, o Instituto Friedrich-Loeffler (FLI), confirma 66 surtos em granjas comerciais e criações domésticas desde o início de outubro. A rápida disseminação da doença já resultou no abate sanitário de quase 1,2 milhão de aves, afetando diversos elos da cadeia avícola.
O FLI não prevê melhora a curto prazo, classificando o risco de novas introduções do vírus como “alto”. A gravidade da situação foi sublinhada por um pico recente de 10 novos surtos reportados em um único dia. Os focos estão distribuídos por toda a cadeia produtiva, com granjas de perus sendo fortemente atingidas, além de plantéis de gansos, patos, galinhas poedeiras e frangos de corte.
O avanço da doença é impulsionado pela alta circulação do vírus na fauna silvestre. O número de infecções em aves selvagens aumentou rapidamente, com mais de 400 casos notificados desde 1º de outubro (150 deles em uma única semana). O FLI alerta que estes números são apenas a “ponta do iceberg”, destacando uma mortalidade elevada e preocupante entre os grous (aves migratórias).
O cenário levou o governo alemão a expressar profunda preocupação. Durante o Conselho Europeu de Agricultura e Pescas na semana passada, a Alemanha defendeu um reforço urgente nas medidas de biossegurança em toda a União Europeia. Em resposta às crescentes crises sanitárias, a Comissão Europeia mencionou a vacinação como uma solução potencial a ser considerada para o controle da doença.











