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AGRONEGÓCIO

Centro-Oeste, polo do agro, tem 2ª menor desigualdade do Brasil

Centro-Oeste, polo do agro, tem 2ª menor desigualdade do Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) tem divulgado nos últimos meses dados referentes ao Censo Demográfico 2022.

Segundo o IBGE, o Brasil conta com 203.062.512 habitantes, um crescimento populacional de 6,45% desde a edição anterior da pesquisa, em 2010.

Vale lembrar que o Censo é realizado de 10 em 10 anos, mas não aconteceu em 2020 por conta da pandemia, e em 2021 por cortes de gastos.

Existe um movimento de êxodo urbano?

O êxodo urbano, diferente do êxodo rural, pode ser definido como o movimento de pessoas que optam por deixar os centros urbanos em direção a uma vida em áreas rurais.

De acordo com Marcelo Neri, pesquisador e diretor do FGV Social, desde a década de 1970 e 1980, houve um movimento migratório de produtores rurais da região Sul, com destino ao Centro-Oeste.

Assim, segundo o pesquisador, esse fluxo migratório permitiu que a região se tornasse o principal polo do agronegócio brasileiro, a partir do desenvolvimento da região.

“No primeiro trimestre de 2023, podemos observar que a região conta com a maior renda per capita do trabalho e com a segunda menor desigualdade de renda. Sendo assim, me parece que há uma maior uniformidade na região. Além de uma renda alta, há uma melhor distribuição, e esse é um dado novo”, explica.

Principais destinos migratórios

O destaque fica para os principais destinos entre os municípios brasileiros com maior aumento populacional.

Segundo os dados do Censo 2022, três dos 10 estados com maior variação de pessoas estão localizados no Centro-Oeste.Inclusive, o município de Sorriso, em Mato Grosso, é reconhecido como a Capital Nacional do Agronegócio e o maior produtor individual de soja do mundo.

“Não é uma população onde os investidores são apenas fazendeiros. São lugares que conseguiram uma relativa igualdade de renda. Com isso, você tem um público forte, bem representado e com pouca desigualdade social. A decisão por mudar de região passa também por uma questão econômica, como aconteceu com a grande recessão brasileira (2014-2016) e a pandemia, com as pessoas percebendo a situação financeira das suas cidades piorando”, conclui Neri.