Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 67,61 / kg
Soja PRR$ 129,14 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 134,06 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,55 / kg
Suíno SPR$ 8,59 / kg
Suíno MGR$ 8,43 / kg
Suíno PRR$ 7,98 / kg
Suíno SCR$ 8,01 / kg
Suíno RSR$ 8,09 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 179,85 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 192,93 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 200,29 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 215,47 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 169,49 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 191,33 / cx
Frango SPR$ 7,35 / kg
Frango SPR$ 7,37 / kg
Trigo PRR$ 1.505,40 / t
Trigo RSR$ 1.341,43 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 208,10 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 177,77 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 179,05 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 185,45 / cx

Exportação

Carrefour e Les Mousquetaires anunciam boicote à carne do Mercosul

Carrefour e Les Mousquetaires anunciam boicote à carne do Mercosul

O Carrefour da França anunciou recentemente que não comercializará carne proveniente de países do Mercosul. Seguindo essa decisão, o grupo varejista francês Les Mousquetaires também informou que deixará de vender carne do bloco sul-americano. A declaração oficial foi feita na noite de quinta-feira (21/11).

Thierry Cotillard, CEO da Les Mousquetaires, explicou a decisão, destacando a importância de proteger a produção nacional de alimentos: “Sobre essas questões, que dizem respeito diretamente à nossa soberania alimentar, devemos agir coletivamente. Todos devemos nos mobilizar”.

O grupo Les Mousquetaires é um importante conglomerado varejista na França, controlando sete marcas: Intermarché e Netto, especializadas em supermercados; Bricomarché, Brico Cash e Bricorama, focadas no setor de bricolagem; e Roady e Rapid Pare-Brise, voltados para serviços automotivos. A decisão de interromper as compras de carne do Mercosul afeta diretamente todas essas redes.

Ao boicotar a carne do Mercosul, Cotillard defende a ideia de proteger os agricultores franceses e as normas locais de produção.

Pressão contra o acordo Mercosul-União Europeia

A decisão reforça a resistência francesa ao acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. A assinatura do tratado, prevista para 6 de dezembro, enfrenta forte oposição do governo francês e de produtores agrícolas locais.

Nesta semana, os agricultores franceses intensificaram os protestos. Na terça-feira (19/11), o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, anunciou os dados previstos para a assinatura do acordo. Em resposta, o sindicato Coordination Rurale (CR47) bloqueou, na noite de quarta-feira (20/11), as estradas de acesso ao porto de Bordeaux, importante ponto de conexão com o Atlântico.

Negociações com o governo francês

Na sexta-feira (22), os agricultores liberaram as vias após o primeiro-ministro da França, Michel Barnier, atender às demandas do setor. De acordo com José Perez, presidente do CR47, o desbloqueio ocorreu após o compromisso de Barnier em revisar a “sobretransposição” de regras impostas pela União Europeia, que, segundo os agricultores, prejudicam determinados setores agrícolas.

“O primeiro-ministro respondeu ao nosso pedido e declarou no Senado que ‘os agricultores têm razão, há critério demais’”, afirmou Perez à Agence France-Presse (AFP). Apesar da divulgação, o sindicato afirmou que novas ações poderão ocorrer na próxima semana, dependendo do andamento das negociações.

Além do boicote à carne do Mercosul, os agricultores também criticam a importação de cereais de países que seguem normas diferentes das francesas. “A guerra está longe de ser vencida. Queremos ações agora, não palavras. A partir de segunda-feira, vamos entrar em contato novamente com o primeiro-ministro”, declarou Perez.

O cenário reflete a crescente mobilização de agricultores e varejistas franceses contra práticas comerciais que, segundo eles, colocam em risco a soberania alimentar do país.