
O mercado de nutrição animal brasileiro caminha para fechar 2025 com um desempenho robusto, demonstrando resiliência frente às oscilações do mercado externo. Novas projeções divulgadas nesta quinta-feira (4/12) pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) indicam que a produção de rações deve atingir a marca de 89,9 milhões de toneladas este ano. O volume representa uma expansão de 2,8% em comparação a 2024, sustentada por dados consolidados de janeiro a setembro, que já somam 66,5 milhões de toneladas processadas.
A avicultura de corte permanece como o principal pilar de volume do setor. Mesmo enfrentando desafios pontuais com embargos temporários devido ao caso isolado de Influenza Aviária no primeiro semestre, a atividade manteve a estabilidade. A projeção é que o segmento avícola totalize 45,3 milhões de toneladas de ração no ano (+2,6%), com os frangos de corte respondendo pela fatia majoritária de 37,9 milhões. A suinocultura, segunda maior demandante, segue trajetória de crescimento constante, com previsão de alcançar 22 milhões de toneladas (+2%) ao final do ciclo.
Entretanto, o maior salto percentual vem da pecuária de corte. O segmento de bovinos deve encerrar o ano com 15 milhões de toneladas de ração produzidas, uma alta de 4,9%. Especificamente para o gado de corte, o crescimento estimado é de 7% (7,73 milhões de toneladas). Segundo Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, esse avanço é fruto de uma conjuntura favorável para o confinamento: custos menores dos concentrados, reposição de bezerros a preços acessíveis e estabilidade na arroba do boi gordo, fatores que recuperaram as margens do produtor e incentivaram a terminação intensiva.
Referência: Sindirações












