
Os mercados de grãos na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta quinta-feira (4/12/2025). A soja registrou uma valorização leve, enquanto o milho subiu de forma mais expressiva, refletindo o bom momento da demanda americana.
Soja: Alta com Ajustes e Expectativa da China
Os contratos de soja para janeiro subiram 0,34%, fechando a US$ 11,1950 o bushel.
- Fator de Alta: O avanço foi impulsionado principalmente por ajustes técnicos, com o mercado escasso de novidades fundamentais.
- Limbo da China: O preço da oleaginosa está acomodado em uma faixa de US$ 11 a US$ 11,50 o bushel, aguardando novos anúncios de compra da China. A meta do governo dos EUA era negociar 12 milhões de toneladas com o país asiático até o final do ano, mas o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, indicou que essas vendas podem se estender até fevereiro de 2026.
- Avaliação do Comércio: O analista Leonardo Martini, da StoneX, afirma que, desde o final de outubro, a China adquiriu pouco mais de 2 milhões de toneladas. Martini acredita que, sem novidades no comércio EUA-China, as negociações devem apresentar poucas oscilações no final do ano.
- Foco no Brasil: Os investidores dividem a atenção com o desenvolvimento da safra no Brasil. Embora o plantio tenha tido um começo complicado, o retorno das chuvas na segunda quinzena de novembro deve trazer estabilidade para o desenvolvimento das lavouras.
Milho: Demanda Robusta dos EUA
O milho avançou em Chicago, com os contratos para março fechando em alta de 0,85%, a US$ 4,4725 o bushel.
- Sustentação: A alta reflete o bom momento de demanda pelo cereal dos EUA.
- Competitividade: Segundo Leonardo Martini (StoneX), os EUA são atualmente a origem mais barata, e com uma grande safra e preços competitivos, a demanda global se concentra no milho americano, tanto no mercado interno quanto nas exportações.
Trigo: Tensão e Perspectiva de Oferta
O trigo registrou leve alta, subindo 0,37%, negociado a US$ 5,4025 o bushel.
- Fator de Alta: Parte da valorização é justificada pela tensão contínua envolvendo os maiores exportadores globais, Rússia e Ucrânia.
- Cenário de Baixa: Por outro lado, as incertezas para um acordo de paz, combinadas com a perspectiva de aumento na oferta global, devem manter as cotações em um canal de baixa no médio prazo.











