Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 70,30 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,45 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 141,75 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,75 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,82 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,28 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,35 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 136,02 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 139,36 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 149,66 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 151,76 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,00 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 144,66 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,16 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.183,62 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.042,10 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 144,47 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 136,56 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 128,40 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 155,00 / cx

Grãos

Embrapa define metodologia única para medir pegada de carbono na adubação de grãos

Entenda como a Embrapa unifica critérios para medir a pegada de carbono na adubação de grãos, promovendo práticas agrícolas sustentáveis

Embrapa define metodologia única para medir pegada de carbono na adubação de grãos

Um dos principais desafios para a consolidação dos programas de agricultura de baixo carbono no Brasil está prestes a ser superado. A Embrapa Meio Ambiente liderou um esforço para unificar os critérios técnicos de como medir a pegada de carbono dos fertilizantes em sistemas de produção de grãos, como a sucessão soja-milho ou soja-sorgo, onde um mesmo insumo beneficia mais de uma safra. A iniciativa é fundamental para dar segurança e precisão à contabilidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no campo.

Para isso, mais de 25 pesquisadores e especialistas em fertilidade do solo e Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) estiveram reunidos nos dias 23 e 24 de outubro, em um workshop coordenado pelas pesquisadoras Nilza Patrícia Ramos e Marília Folegatti. O objetivo foi definir como tratar o “compartilhamento de nutrientes” — especificamente nitrogênio, fósforo e potássio (N, P, K) — no balanço de carbono de cada cultura individualmente.

O alinhamento é uma demanda crescente dos Programas Soja Baixo Carbono, Milho Baixo Carbono, Trigo Baixo Carbono e Sorgo Baixo Carbono, todos liderados pela Embrapa. “Nosso objetivo é gerar resultados de pegada de carbono individualizados por produto, mas levando em conta o compartilhamento de operações e insumos entre diferentes culturas”, explicou Marília Folegatti.

O Desafio da Adubação Antecipada

O debate técnico contou com a participação de diversas unidades da Embrapa, incluindo Agropecuária Oeste, Milho e Sorgo, Soja e Trigo, além de consultores privados. Pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, como Álvaro Vilela de Resende e Ciro Augusto de Souza Magalhães, apresentaram cenários práticos que ilustram o desafio.

Em regiões do Cerrado, por exemplo, é comum a prática da “adubação de sistema”, onde o fósforo e o potássio (P e K) são aplicados de forma antecipada, antes mesmo do plantio da soja. Esse fertilizante, no entanto, tem um efeito residual que beneficia também o milho ou o sorgo cultivado na segunda safra. “O desafio está em atribuir corretamente o impacto de carbono a cada cultura”, afirmou Resende.

Segundo Alexandre Ferreira da Silva, também da Embrapa Milho e Sorgo, o consenso definido no workshop aponta para um rateio proporcional. O impacto em GEE da adubação antecipada com fósforo, por exemplo, será compartilhado entre a soja e o milho safrinha. Já o nitrogênio, por ser mais móvel, terá sua pegada de carbono alocada conforme o uso em cada cultura específica.

Os resultados do encontro, que integram a Rede Embrapa de Programas de Baixo Carbono (com mais de 21 unidades), servirão de base para publicações técnicas que padronizarão os cálculos em todos os programas de certificação de grãos de baixa emissão no país.