
O setor de suinocultura do Paraná vive um momento de alívio financeiro, tendo alcançado em setembro de 2025 o melhor resultado do ano. De acordo com o Boletim Semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), o preço médio pago ao produtor pelo suíno vivo atingiu R$ 7,16 por quilo. Este patamar, o mais alto do período, garantiu uma margem positiva de R$ 1,39/kg sobre os custos de produção estimados pela Embrapa Suínos e Aves, configurando a rentabilidade mais expressiva de 2025.
Este desempenho consolida uma recuperação gradual, distanciando-se do cenário apertado de janeiro, quando o preço de R$ 6,76/kg resultava em uma margem de apenas R$ 0,58/kg. Segundo a análise do Deral, a valorização do suíno é sustentada por dois pilares principais: a elevação consistente das exportações e o aquecimento do consumo interno, que tradicionalmente se intensifica com a aproximação das festividades de fim de ano. A expectativa do departamento é que os preços continuem em trajetória de valorização até dezembro, embora a alta nos custos de produção siga como um ponto de atenção para a rentabilidade.
O boletim do Deral também trouxe um panorama positivo para as lavouras de grãos no estado. O plantio da soja para a safra 2025/26 está acelerado, com 71% da área total de 5,77 milhões de hectares já semeada. As condições são favoráveis, com 97% das lavouras classificadas como “boas”, e a projeção de colheita é de 21,96 milhões de toneladas. No caso do trigo, a colheita avança apesar do excesso de chuvas, apresentando uma produtividade recorde superior a 3.300 kg por hectare. O Paraná deve colher 2,75 milhões de toneladas, um volume 18% maior que o de 2024, mas ainda abaixo do pico registrado em 2023.
Outros setores do agronegócio paranaense também mostram vigor. O setor lácteo apresenta sinais de recuperação, com o volume de exportações de soro de leite já superando o total embarcado no ano anterior, enquanto as importações se estabilizaram. A fruticultura mantém sua força econômica, com as regiões de Paranavaí, Curitiba, Jacarezinho, Cornélio Procópio e Maringá respondendo por quase dois terços do Valor Bruto da Produção de frutas no Paraná, com destaque para a laranja, morango, uva e goiaba.
Referência: SEAB












