Desde 2023, a JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, está presente no mercado de colágeno por meio da Genu-in, uma das empresas do grupo. Por ano, a Genu-in fabrica cerca de 12 mil toneladas de derivados de colágeno, em três linhas: a Life, peptídeos de colágeno para suplemento alimentar; gelatina, que entra como ingrediente de alimentos, cápsulas farmacêuticas e outros produtos; e Feed, peptídeos de colágeno usado para nutrição animal, especialmente na ração de pets.
O consumo de colágeno, proteína presente na pele, tendões, ligamentos, ossos e articulações, aumentou cerca de 170% no Brasil nos últimos cinco anos, segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad). Esse crescimento decorre de um aumento da procura do brasileiro por cuidados preventivos com a saúde, buscando o ingrediente em diversos tipos de aplicações, tais como: suplementos, bebidas prontas para consumo, barras proteicas, snacks, gummies, entre outros. O uso do colágeno está ligado à melhora da elasticidade e resistência da pele, saúde das articulações, ossos, recuperação muscular, saúde intestinal e muitos outros benefícios.
O colágeno é a proteína mais abundante no organismo. Ele dá resistência, sustentação e elasticidade a vários tecidos e órgãos. Com o tempo, a partir dos 25 anos de idade a produção natural de colágeno diminui – e aí entra a necessidade de suplementação. O colágeno da linha Life é produzido na forma de peptídeos, ou seja, fragmentos muito pequenos, que podem ser altamente absorvidos pelo corpo.
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“Para que o colágeno na forma de suplemento entregue todos os benefícios, precisa ser produzido de forma a garantir a máxima absorção”, diz Ricardo Gelain, diretor-executivo da Genu-In. “O peptídeo de colágeno da Genu-in Life foi desenvolvido graças a um trabalho tecnológico e científico muito grande e é isso que garante que ele consiga ser usado pelo organismo em diversas partes do corpo.”
Esse processo e produto têm patente já depositada e se chama Peptide Profile Tailoring (direcionamento/padronização do perfil peptídico, em tradução livre).
Os peptídeos de colágeno da linha Life têm um teor seco de proteínas acima de 98% e 18 aminoácidos essenciais em sua composição. Entre eles, a glicina, prolina e hidroxiprolina, que representam cerca de 50% do total de aminoácidos – uma concentração de 10 a 20 vezes maior em comparação com outras proteínas. Sua composição única no mercado garante alta absorção pelo organismo – garantindo a sua eficácia.
Essa tecnologia foi desenvolvida em laboratórios no Brasil e no exterior e conjuntamente com nosso laboratório próprio junto à fábrica, localizada em Presidente Epitácio (SP). Recentemente, a Genu-in investiu em um laboratório de Inovação e Desenvolvimento em Colágeno no ITAL em Campinas. “E também usamos a infraestrutura de inovação da JBS”, diz Gelain.
A fábrica, inaugurada em 2023, é toda automatizada, controlada por sensores e computadores, seguindo os conceitos mais avançados da Indústria 4.0. E adota princípios de sustentabilidade e proteção ao meio-ambiente, como baixa emissão de gases de efeito-estufa e tratamento da água que é devolvida aos rios límpida e inerte.
Novos Negócios
A sustentabilidade é o que está por trás dos negócios da Genu-in. A empresa é uma das 13 companhias que fazem parte da JBS Novos Negócios, que seguem de forma pioneira o conceito de economia circular – um modo de produção que transforma resíduos de um processo em matérias-primas que são transformadas em produtos. Juntos, esses negócios são responsáveis pelo aproveitamento de 99% de cada bovino e 95% de suínos e aves processado nos frigoríficos da JBS. A matéria-prima da Genu-in vem da subderme do couro bovino. “Criamos um produto importante na vida das pessoas, uma proteína de altíssimo valor biológico, a partir de um insumo que seria desprezado’”, diz Gelain.
A matéria-prima é rastreada em tempo real devido ao controle total da cadeia de fornecimento pela JBS. As unidades produtivas são frequentemente auditadas por clientes do mercado interno e externo, além das certificadoras de FSSC, ISO 9001, GMP, SMETA além de produções HALAL para mercado islâmico e Kosher que verificam critérios de sanidade, qualidade, bem-estar animal, rastreabilidade, nutrição, entre outros, em seu processo de verificação. “Entregamos um produto que procede de áreas regulares, produzido com altos controles de qualidade”, diz o diretor-executivo da Genu-In.
