Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,76 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,63 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,63 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,73 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,84 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,45 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 125,59 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,88 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,58 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 119,25 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 133,65 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,13 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,15 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.181,59 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.032,51 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,77 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 152,25 / cx

Clima

Aquecimento global aumenta impacto climático no Brasil: ondas de calor, chuvas e riscos para agricultura

Aquecimento global aumenta impacto climático no Brasil: ondas de calor, chuvas e riscos para agricultura

As consequências do aquecimento global estão se tornando cada vez mais perceptíveis no Brasil, com impactos notáveis em ondas de calor, secas e riscos para a agricultura, conforme o relatório “Mudança do Clima” do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Nos últimos 60 anos, a temperatura aumentou até 3°C em algumas regiões brasileiras, superando a média global.

A frequência de ondas de calor — períodos em que as temperaturas se mantêm 5ºC acima da média — cresceu significativamente. Nos anos 1961-1990, essa anomalia era observada por até sete dias. Esse número saltou para 52 dias entre 2011 e 2020, afetando quase todas as regiões do Brasil. Em 2023, o ano mais quente registrado globalmente, a temperatura média no Brasil foi de 24,92°C, com picos em nove ondas de calor e recordes de temperatura acima do esperado.

A elevação das temperaturas tem intensificado períodos de seca, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, e na parte Sudeste da Amazônia. O Nordeste, por exemplo, viu um aumento dos dias consecutivos sem chuva, de 80 para 100, entre 1961 e 1990. A seca prolongada também atingiu severamente a Amazônia (2005, 2010, 2023), o Nordeste (2012 a 2015) e o Sudeste (2001, 2014/2015, 2020/2021).

Esse cenário traz prejuízos incalculáveis para a agricultura. No Nordeste, áreas agricultáveis diminuíram em 70 mil quilômetros quadrados devido à estiagem e práticas de manejo inadequadas. Em 2012, Pernambuco sofreu uma perda de 99% na produção de milho, e colheitas de arroz, feijão e milho enfrentaram graves perdas em 2015 e 2017.

Além de danos materiais e econômicos, as mudanças climáticas aumentam o risco de epidemias e doenças, afetando especialmente as regiões mais vulneráveis. Até 2050, o mundo deve enfrentar dias mais quentes e invernos menos rigorosos. Se o limite de 2°C for atingido, os impactos sobre a saúde humana e a agricultura serão ainda mais intensos e frequentes, alerta o relatório.

O desafio para o Brasil é imenso, exigindo ações que mitiguem esses efeitos e promovam a adaptação, preservando tanto a infraestrutura quanto a segurança alimentar e a saúde pública.