Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 63,44 / kg
Soja PRR$ 129,04 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 135,68 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,68 / kg
Suíno SPR$ 8,78 / kg
Suíno MGR$ 8,42 / kg
Suíno PRR$ 8,15 / kg
Suíno SCR$ 8,09 / kg
Suíno RSR$ 8,07 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 164,43 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 168,16 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 182,38 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 188,07 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 158,08 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 176,28 / cx
Frango SPR$ 7,44 / kg
Frango SPR$ 7,45 / kg
Trigo PRR$ 1.476,58 / t
Trigo RSR$ 1.330,21 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 183,93 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 164,06 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 146,45 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 161,06 / cx

Tecnologia

ChatGPT gasta água? A pergunta que expõe o custo ambiental da IA

A tecnologia do ChatGPT está revolucionando o cotidiano, mas você sabe o custo ambiental por trás dessa inteligência artificial?

ChatGPT gasta água? A pergunta que expõe o custo ambiental da IA

A inteligência artificial generativa tem se tornado uma ferramenta presente no cotidiano de milhões de pessoas, seja para redigir e-mails, gerar imagens, revisar textos ou produzir vídeos. No entanto, por trás da aparente fluidez digital, existe uma infraestrutura física complexa, que consome grandes quantidades de energia e também um recurso cada vez mais escasso: a água. Em um cenário de emergência climática e escassez hídrica, compreender esse custo oculto se torna relevante.

Cada vez que um usuário interage com sistemas como ChatGPT, DALL·E ou ferramentas similares, servidores em data centers de alto desempenho entram em operação e geram calor intenso. Para manter essas máquinas em funcionamento seguro, muitas empresas utilizam sistemas de resfriamento à base de água. Estima-se que cerca de 0,5 litro seja necessário a cada 20 a 50 interações de texto — um volume que pode parecer pequeno, mas se torna expressivo diante da escala global de requisições. Quanto mais complexa a tarefa, como a criação de vídeos ou imagens, maior é o consumo hídrico envolvido.

Esse impacto pode ser ilustrado por analogias: um simples cumprimento gerado por IA pode consumir a mesma quantidade de água usada para lavar um copo. Produzir um vídeo curto pode demandar o equivalente a lavar uma peça de roupa à mão. Um banho de cinco minutos corresponde ao uso de água de aproximadamente 1.600 a 6.000 interações textuais. Mesmo que o consumo por ação isolada seja baixo, a frequência massiva dessas operações transforma a água em um recurso silencioso do progresso digital.

Embora o debate ambiental frequentemente se concentre nas emissões de carbono, a pegada hídrica dos data centers — especialmente os voltados à IA generativa — tem chamado a atenção de pesquisadores e ambientalistas. A ausência de transparência na divulgação de dados detalhados por parte das grandes empresas de tecnologia reforça a necessidade de regulamentações e métricas que incluam o uso de água como parte do impacto ambiental da área.

Para Bruno Nunes, especialista em tecnologia, a inteligência artificial deveria ser priorizada em problemas de grande relevância. Ele observa que utilizar sistemas tão avançados em demandas triviais se assemelha a empregar um foguete para entregar correspondências, desperdiçando potencial em tarefas que pouco contribuem para mudanças significativas.

O avanço da inteligência artificial é inevitável e traz benefícios em diversas áreas. Entretanto, é fundamental que inovação e sustentabilidade caminhem juntas. Ignorar os custos ambientais da tecnologia pode aprofundar desigualdades, especialmente em regiões onde a escassez hídrica já é um problema estrutural. O futuro da inteligência artificial depende não apenas de chips mais potentes, mas também de políticas e práticas que considerem o impacto ambiental em seus processos de desenvolvimento.