Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 74,34 / kg
Soja PRR$ 128,68 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 133,42 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,95 / kg
Suíno SPR$ 8,60 / kg
Suíno MGR$ 8,53 / kg
Suíno PRR$ 8,17 / kg
Suíno SCR$ 8,11 / kg
Suíno RSR$ 8,13 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 183,57 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 189,38 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 207,51 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 210,49 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 177,84 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 199,75 / cx
Frango SPR$ 8,73 / kg
Frango SPR$ 8,74 / kg
Trigo PRR$ 1.551,43 / t
Trigo RSR$ 1.431,17 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 202,61 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 180,23 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 166,46 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 179,58 / cx

Fala Agro

O agro brasileiro vai novamente pagar o pato? - Por Jogi Humberto Oshiai

O agro brasileiro vai novamente pagar o pato? - Por Jogi Humberto Oshiai

O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pode ter impactos significativos no agronegócio brasileiro. Conhecido por sua postura protecionista e imprevisível, Trump tem um histórico de medidas que podem tanto beneficiar quanto prejudicar a agricultura brasileira.

Um dos maiores desafios será a possibilidade de aumento de tarifas sobre produtos brasileiros em função de atitudes do governo brasileiro contra o americano. Recordo que, durante o seu primeiro mandato, Trump implementou políticas voltadas à proteção do produtor rural americano, podendo agora reforçar barreiras comerciais contra o Brasil também. Além disso, o fortalecimento de acordos bilaterais dos EUA com outros fornecedores, como a Argentina, do Presidente Milei, amigo de Trump, pode reduzir a competitividade de alguns produtos brasileiros no mercado americano.

Por outro lado, Trump também possui um histórico de antagonismo com a China, o que pode beneficiar o agronegócio brasileiro. Durante a guerra comercial entre os EUA e a China, o Brasil se tornou um fornecedor essencial para o gigante asiático, especialmente em commodities como a soja. Se esse cenário se repetir, pode haver um aumento na demanda por produtos brasileiros no mercado chinês.

Outro ponto a ser considerado é a questão ambiental, que poderá influenciar as negociações comerciais, especialmente com a União Europeia. Durante o governo Biden, houve maior pressão internacional contra o desmatamento e pelas práticas sustentáveis no Brasil. Com Trump, caso o governo brasileiro deixe de fazer picuinhas ao novo presidente americano, esse tipo de cobrança pode diminuir, facilitando as exportações para o mercado americano sem tantas exigências ambientais.

Além das questões comerciais, a relação diplomática entre Brasil e EUA pode ser impactada pela postura do governo brasileiro em relação à deportação de brasileiros dos Estados Unidos. Se o nosso governo adotar uma postura contrária às políticas imigratórias de Trump e pressionar contra a deportação de seus cidadãos, isso pode gerar tensões políticas que reflitam negativamente inclusive no comércio bilateral.

Diante desse cenário, o agronegócio brasileiro precisará adotar uma estratégia flexível para mitigar riscos e explorar oportunidades, buscando diversificação de mercados e fortalecendo sua presença no comércio global do agronegócio. Temos que ter a ciência de que cada ação gera reação, principalmente pelo atual presidente americano que já demonstrou publicamente uma profunda antipatia pelo nosso atual governo que, infelizmente, nunca nos ajudou e tampouco motivou para utilizarmos com orgulho um boné do tipo MAKE BRAZIL GREAT AGAIN!

Por Jogi Humberto Oshiai, CBO do Melo Advogados Associados, diretamente da capital da União Europeia.