Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 62,73 / kg
Soja PRR$ 129,75 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 136,48 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,58 / kg
Suíno SPR$ 8,62 / kg
Suíno MGR$ 8,23 / kg
Suíno PRR$ 8,04 / kg
Suíno SCR$ 8,02 / kg
Suíno RSR$ 8,01 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 154,17 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 162,23 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 170,12 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 176,16 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 147,39 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 163,77 / cx
Frango SPR$ 7,40 / kg
Frango SPR$ 7,41 / kg
Trigo PRR$ 1.475,85 / t
Trigo RSR$ 1.318,72 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 171,52 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 156,25 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 141,40 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 151,47 / cx

Revista

Biossegurança como pilar da sustentabilidade na produção, com Maria Nazaré Simões na edição de junho da Suinocultura Industrial

A biossegurança na suinocultura é essencial. Conheça as estratégias com Maria Nazaré Simões Lisboa para uma produção sustentável, em entrevista para Revista Suinocultura Industrial de junho

Biossegurança como pilar da sustentabilidade na produção, com Maria Nazaré Simões na edição de junho da Suinocultura Industrial

Em um cenário global cada vez mais exigente em termos de sanidade, produtividade e acesso a mercados internacionais, a biosseguridade emerge como um pilar estratégico fundamental para a suinocultura moderna. Mais do que um conjunto de normas e protocolos, trata-se de uma verdadeira cultura de saúde que integra a prevenção e a gestão de riscos, protegendo pessoas, animais e todo o sistema produtivo.

Para aprofundar essa discussão, a Dra. Maria Nazaré Simões Lisboa, renomada especialista na área, compartilha suas valiosas orientações e estratégias, destacando o compromisso coletivo e o uso de tecnologias de ponta. Com vasta experiência em granjas comerciais, planos sanitários integrados, ciência de dados, controle epidemiológico e redução do uso de antibióticos, sua visão foca na sustentabilidade e competitividade do setor.

Suinocultura Industrial: Como define o papel estratégico da biossegurança dentro do manejo moderno de suínos?

A biossegurança é, sem dúvida, o pilar estratégico em que se baseia a produção moderna de carne suína. Não se trata apenas de um conjunto de normas ou protocolos, mas de uma verdadeira cultura de prevenção e gestão de riscos. Em um contexto global onde a pressão de doenças emergentes e reemergentes é constante, a biossegurança protege a saúde animal, a rentabilidade da granja e a sustentabilidade do sistema de produção. Além disso, é a chave para acessar mercados internacionais com requisitos sanitários cada vez mais exigentes. Uma suinocultura com um programa de biossegurança robusto é menos vulnerável a surtos de doenças, reduz o uso de antibióticos e melhora a eficiência da produção, o que se traduz em benefícios econômicos e de reputação.

Suinocultura Industrial: Quais os principais desafios e falhas recorrentes que observa nas granjas brasileiras quando se trata de implementar e manter um sistema de biossegurança realmente eficaz?

Um dos maiores desafios que observo na suinocultura brasileiras é a falta de uniformidade e consistência na aplicação das medidas de biossegurança. É comum ver certas práticas adotadas como pedilúvios, banho na entrada entre outras medidas, porém, sem integração real a um sistema abrangente e sem monitoramento rigoroso. Além disso, o risco associado à entrada de insumos, veículos, equipamentos ou mesmo pessoal externo é frequentemente subestimado. Outro problema é a falta de treinamento e conscientização contínuos de todos os trabalhadores, motoristas e operadores à gerência. Sem uma visão compartilhada e um compromisso coletivo, qualquer sistema de biossegurança está fadado ao fracasso a longo prazo.

Suinocultura Industrial: Como a movimentação de pessoas, veículos e equipamentos pode ser melhor controlada para evitar a introdução de patógenos? Há protocolos-chave que não podem ser negligenciados?

O controle de movimentação é um dos aspectos mais críticos da biossegurança. Para minimizar os riscos, é essencial estabelecer zonas distintas (áreas limpas, sujas e de transição) e implementar protocolos de acesso rigorosos. A tecnologia pode ser uma grande aliada: desde sistemas de registro digital baseados em códigos QR (livros de visitas digitais ou Biorisk External, comercializados pela ADA) para entradas e saídas, até conectá-los aos sistemas de GPS dos veículos de transporte. A desinfecção rigorosa de veículos e equipamentos, a quarentena de novos animais e a limitação do acesso de visitantes são medidas fundamentais. A importância da rastreabilidade não pode ser subestimada: saber quem entrou na propriedade, quando e como, permite uma resposta rápida a qualquer incidente. Assim, tenho a informação que o principal exportador de carne suína da Espanha (Cuartesa – Grupo Jorge) está trabalhando ativamente e implementando essas tecnologias com excelentes resultados.