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Análise Econômica

Análise econômica Suinocultura: dinâmica de preços, competitividade e desafios

Análise econômica Suinocultura: dinâmica de preços, competitividade e desafios

O mercado da suinocultura apresentou um cenário complexo e dinâmico nesta semana, com variações de preços e tendências distintas entre as regiões e diferentes elos da cadeia produtiva. A análise a seguir, baseada em dados do Cepea, busca traçar um panorama detalhado da semana, com foco nos preços do suíno vivo e seus cortes, e na competitividade da carne suína frente às concorrentes.

Variação de preços do suíno vivo e cortes

Após um período de quase dois meses de queda, os preços do suíno vivo e dos cortes encerraram o mês de janeiro com comportamentos distintos entre as regiões.

  • Regiões com Alta: O aumento da demanda da indústria por novos lotes de animais para abate impulsionou os preços em algumas praças. Aparentemente, a necessidade de recompor estoques e atender a possíveis pedidos mais volumosos aqueceu o mercado.
  • Regiões com Baixa: Em contrapartida, outras regiões registraram uma redução nos preços, influenciada por um enfraquecimento da procura. O menor poder de compra da população, especialmente na segunda quinzena do mês, parece ter afetado o consumo de carne suína, pressionando os preços para baixo.

Cepea:

  • Minas Gerais: R$ 7,96
  • Paraná: R$ 7,66
  • Rio Grande do Sul: 7,91
  • Santa Catarina: 7,66
  • São Paulo: R$ 7,90

Bolsa Suíno MT da Acrismat, com validade de 27 de janeiro a 02 de fevereiro:

  • Mato Grosso: 7,40 (granja) e 5,18 (matriz)

Bolsa de Suíno MG da ASEMG, com validade do dia 31 de janeiro a 06 de fevereiro.

  • Minas Gerais: 8,30 (granja) e 5,95 (matriz)

Competitividade da carne suína:

A competitividade da carne suína tem aumentado frente às substitutas neste início de 2025. Isso porque, enquanto os preços da proteína suína vêm caindo com força, em relação a dezembro de 2024, os da de frango estão em alta e os da bovina registram leve baixa – todas no atacado da Grande São Paulo.

A oferta maior que a demanda tem pressionado as cotações da carne suína, cenário que vem sendo observado desde dezembro do ano passado.

Perspectivas:

O mercado da suinocultura se mantém dinâmico, com preços sujeitos a oscilações influenciadas pela oferta e demanda. A competitividade da carne suína em relação às demais proteínas é um fator positivo para o setor.

É crucial que produtores e demais agentes da cadeia estejam atentos às mudanças do mercado, adaptando suas estratégias para aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos. O acompanhamento constante do mercado e a análise de dados são ferramentas essenciais para a tomada de decisões assertivas.

Fatores que influenciaram a queda nos preços:

  • Aumento da produção: A expansão da produção suína, impulsionada por investimentos e tecnologias, resultou em uma maior oferta no mercado.
  • Demanda mais estável: A demanda por carne suína, embora tenha crescido, não acompanhou o ritmo da produção, o que gerou um desequilíbrio entre oferta e demanda.
  • Concorrência com outras proteínas: A competitividade com outras proteínas, como frango e bovino, também influenciou os preços do suíno.

Aquicultura: um panorama regional

Variação Regional de Preços: Os preços da aquicultura no dia 24 de janeiro de 2025 apresentaram variações significativas entre as diferentes regiões do país, conforme dados do Cepea.

Maiores Preços: As regiões Norte do Paraná e Oeste do Paraná se destacaram com os maiores preços, atingindo R$ 8,82 e R$ 7,80, respectivamente.

Menores Preços: As regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paraíba, e Morada Nova de Minas registraram os menores preços, com valores de R$ 7,55 e R$ 7,66, respectivamente.

Preço Médio: A região dos Grandes Lagos apresentou um preço intermediário de R$ 7,16.

  • Grandes Lagos: R$ 7,16
  • Oeste do Paraná: R$ 7,80
  • Norte do Paraná: R$ 8,82
  • Morada Nova de Minas: R$ 7,66
  • Triângulo Mineiro e Alto Paraíba: R$ 7,55

Fatores que podem influenciar os preços do pescado:

  • Mudanças climáticas: Eventos climáticos extremos podem afetar a produção de peixes e, consequentemente, os preços.
  • Doenças: Surtos de doenças em peixes podem causar perdas na produção e aumentar os preços.
  • Políticas públicas: Incentivos governamentais à aquicultura podem estimular a produção e influenciar os preços.
  • Consumo: As mudanças nos hábitos de consumo e a crescente demanda por produtos mais saudáveis e sustentáveis podem impactar o mercado da aquicultura.

Grãos: Soja, Milho e Trigo 

Soja

  • Preços em Queda: Os preços da soja no mercado brasileiro caíram na última semana, conforme dados do Cepea (27/01/2025).
  • Fatores de Pressão: A entrada da nova safra (2024/25), especialmente no Paraná, e a desvalorização cambial (US$/R$) são os principais fatores que pressionam as cotações domésticas da soja.
  • Colheita e Clima: O tempo tem se mostrado mais favorável para a colheita no sul de Mato Grosso do Sul e no Paraná, mas as chuvas no Cerrado brasileiro têm atrapalhado parcialmente os trabalhos.

Milho

  • Ritmo Lento de Negociações: Os produtores estão focados na colheita da safra de verão e no início da semeadura da segunda safra, o que tem resultado em um ritmo mais lento de negociações de milho, segundo o Cepea (27/01/2025).
  • Ajustes Leves nos Preços: Os preços do milho registram leves ajustes na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.
  • Clima e Preocupações: O clima seco e quente em parte do Paraná e do Rio Grande do Sul favorece a colheita da safra de verão, mas também gera preocupação com a semeadura da segunda safra, como em Mato Grosso do Sul e no PR. Em Mato Grosso, o maior volume de precipitações nos últimos dias tem reduzido o ritmo das atividades.

Trigo

  • Aumento Ligeiro nas Negociações: As negociações de trigo apresentaram um ligeiro aumento no mercado doméstico na semana passada, conforme dados do Cepea (28/01/2025).
  • Liquidação de Estoques e Recomposição: Vendedores buscam liquidar parte dos estoques para liberar espaço nos armazéns para o recebimento da nova safra de grãos, e indústrias também mostram interesse na recomposição dos estoques.
  • Sustentação das Cotações: Mesmo com o aumento da disponibilidade, as cotações do trigo se sustentaram, devido aos preços externos, que, por sua vez, subiram, apesar da pressão da taxa de câmbio e do maior volume de trigo da Argentina.

Fatores que influenciam o mercado:

  • Condições climáticas: As condições climáticas nas principais regiões produtoras influenciam diretamente a produção e os preços dos grãos.
  • Demanda interna e externa: A demanda por grãos, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, impacta diretamente nos preços.
  • Políticas governamentais: As políticas agrícolas e comerciais dos governos podem influenciar os preços dos grãos.
  • Câmbio: A taxa de câmbio influencia a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.