Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 72,93 / kg
Soja PRR$ 127,56 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 132,49 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,77 / kg
Suíno SPR$ 8,63 / kg
Suíno MGR$ 8,53 / kg
Suíno PRR$ 8,21 / kg
Suíno SCR$ 8,14 / kg
Suíno RSR$ 8,15 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 176,20 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 180,72 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 192,67 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 197,43 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 167,07 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 185,50 / cx
Frango SPR$ 8,70 / kg
Frango SPR$ 8,81 / kg
Trigo PRR$ 1.532,65 / t
Trigo RSR$ 1.389,93 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 198,35 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 175,17 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 157,19 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 175,67 / cx

Análise Econômica

Análise econômica Suinocultura: carne suína ganha competitividade em abril, apesar de desaceleração nas vendas domésticas

Análise econômica Suinocultura: carne suína ganha competitividade em abril, apesar de desaceleração nas vendas domésticas

A suinocultura brasileira apresenta um cenário econômico misto nesta semana, com a carne suína ganhando terreno em competitividade frente às rivais bovina e de frango, conforme apontam os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No entanto, o mercado doméstico da proteína suína demonstra sinais de desaceleração no ritmo de vendas neste início de abril, um comportamento considerado atípico para o período.

De acordo com os dados do Cepea, enquanto o preço médio da carcaça especial suína registra uma queda entre os meses de março e abril, os valores do frango inteiro congelado e da carcaça casada bovina apresentam avanço no mesmo intervalo. Essa dinâmica de preços tem favorecido a competitividade da carne suína no mercado consumidor.

No que diz respeito ao mercado de suíno vivo, a semana atual apresenta os seguintes valores médios nas principais praças produtoras:

Ao comparar com a semana anterior (17/04), observa-se uma mudança de cenário. Naquela semana, as cotações do suíno vivo reagiram positivamente em quase todas as regiões monitoradas pelo Cepea. O impulso foi atribuído à combinação de uma demanda firme e uma oferta controlada de animais prontos para abate. O Cepea também destacou que os atacadistas estavam mais ativos, buscando formar estoques para atender a um possível aumento na demanda impulsionado pelos feriados de abril, como a Sexta-feira Santa (18) e Tiradentes (21).

A desaceleração nas vendas internas levou a indústria a ajustar os preços do suíno vivo negativamente, buscando evitar o acúmulo de estoques. Essa medida visa equilibrar a oferta com a demanda atual do mercado.

Perspectivas

Diante desse quadro, as próximas semanas na suinocultura apontam para uma possível estabilização dos preços, caso o ritmo de vendas no mercado interno se recupere. A competitividade da carne suína frente às outras proteínas pode ser um fator importante para impulsionar essa recuperação da demanda. Por outro lado, a necessidade de evitar o acúmulo de estoques ainda pode exercer pressão sobre os preços, especialmente se a demanda não reagir como esperado. Os custos de produção, que historicamente influenciam a rentabilidade do setor, também seguem sendo um ponto de atenção para os produtores. A dinâmica entre oferta e demanda, sensível a fatores como o poder de compra do consumidor e as estratégias da indústria, deverá ditar o rumo do mercado da suinocultura nas próximas semanas.

Fatores que influenciam o mercado:
  • Competitividade com outras proteínas: A relação de preços entre a carne suína, bovina e de frango impacta diretamente a demanda do consumidor e, consequentemente, os preços da suinocultura.
  • Nível de demanda interna: O ritmo de vendas no mercado doméstico é crucial para o escoamento da produção e para a formação dos preços ao longo da cadeia.
  • Oferta de animais para abate: A disponibilidade de suínos prontos para o abate influencia diretamente as cotações do suíno vivo. Uma oferta controlada tende a sustentar os preços.
  • Custos de produção: Variações nos custos de insumos como ração, energia e sanidade animal afetam a rentabilidade dos produtores e podem se refletir nos preços finais.
  • Expectativas de consumo (feriados e sazonalidade): Períodos de maior potencial de consumo, como feriados e datas comemorativas, podem influenciar a demanda e os estoques, impactando as estratégias da indústria e os preços.

Aquicultura: preços da tilápia apresentam disparidade regional

O mercado da aquicultura, especificamente no setor da tilápia, demonstrou uma significativa variação de preços nas diferentes regiões produtoras do país, conforme levantamento do Cepea referente ao dia 17 de abril. A análise dos valores praticados nas principais praças revela um cenário heterogêneo, com reflexos nas dinâmicas econômicas locais.

Os dados do Cepea apontam para os seguintes preços médios da tilápia nas regiões monitoradas:

Essa variação regional impacta diretamente a rentabilidade dos produtores em cada área, bem como a competitividade do produto nos mercados consumidores. Produtores em regiões com preços mais elevados podem ter uma margem de lucro maior, mas também podem enfrentar desafios para competir em mercados mais sensíveis a preços. Já em regiões com preços mais baixos, a competitividade pode ser maior, mas a rentabilidade por quilo vendido pode ser menor, exigindo ganhos de escala para compensar.

A análise contínua desses dados regionais é fundamental para que produtores, distribuidores e outros agentes da cadeia da aquicultura possam tomar decisões estratégicas mais assertivas, considerando as particularidades de cada mercado e buscando otimizar seus resultados econômicos. O acompanhamento da evolução desses preços ao longo do tempo também permite identificar tendências e antecipar possíveis mudanças no cenário da aquicultura brasileira.

Perspectivas

Diante desse panorama de preços regionais distintos, o mercado de tilápia na aquicultura apontam para uma possível manutenção dessas variações no curto prazo, a menos que ocorram mudanças significativas nos fatores que influenciam cada região. A demanda do consumidor, que pode ser sensível a flutuações econômicas e hábitos alimentares regionais, continuará sendo um fator chave na determinação dos preços. Além disso, investimentos em infraestrutura logística e em tecnologias de produção que possam reduzir custos podem ter um impacto na competitividade e nos preços praticados em cada região. O acompanhamento das políticas governamentais para o setor da aquicultura e de eventuais mudanças regulatórias também será importante para entender as tendências de longo prazo e as oportunidades e desafios para os produtores em diferentes partes do país.

Fatores que Influenciam o Mercado:
  • Custos de produção regionais: Variações nos preços de ração, alevinos, energia elétrica e mão de obra entre as diferentes regiões produtoras impactam diretamente os custos e, consequentemente, os preços de venda da tilápia.
  • Logística e infraestrutura: A qualidade das estradas, a distância entre as áreas de produção e os centros consumidores, e a disponibilidade de transporte adequado influenciam os custos de distribuição e, portanto, os preços finais.
  • Demanda regional e local: As preferências dos consumidores, o poder de compra e a presença de mercados específicos (como restaurantes, peixarias e supermercados) em cada região afetam a demanda e a capacidade de absorção da produção, impactando os preços.
  • Escala de produção e tecnologia: A adoção de tecnologias mais eficientes e a escala de produção podem gerar economias de custo, influenciando a competitividade e os preços praticados pelos produtores em diferentes regiões.
  • Regulamentação e políticas governamentais: As leis ambientais, as licenças de operação, os incentivos fiscais e os programas de apoio ao setor da aquicultura podem ter um impacto significativo nos custos e na viabilidade econômica da produção em cada região.

Grãos: Soja com colheita avançada, Milho em queda e Trigo sustentado pela entressafra

O mercado de grãos no Brasil apresenta dinâmicas distintas para soja, milho e trigo nesta semana, com a colheita da soja em reta final, o milho sob pressão de compradores retraídos e o trigo sustentado pela menor oferta na entressafra, conforme dados do Cepea e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Soja

A colheita da safra 2024/25 de soja avança rapidamente no Brasil, atingindo 88,3% da área nacional até 12 de abril, superando o ritmo do ano anterior (83,2%) e a média dos últimos cinco anos (87,4%), de acordo com a Conab. Essa maior disponibilidade do grão intensificou os negócios domésticos, conforme apontam pesquisadores do Cepea. No entanto, a menor atratividade dos prêmios de exportação e a significativa oscilação cambial limitaram uma liquidez ainda maior. Apesar disso, os preços da soja se mantêm firmes no geral. 

Confira os valores da soja (24/04):

  • Paranaguá: R$ 135,13
  • Paraná: R$ 129,06

Milho

O mercado interno de milho registrou uma nova queda de preços na última semana na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. A pressão vendedora decorre da postura mais cautelosa dos compradores, que priorizam o consumo de seus estoques e se afastam de novas aquisições no mercado à vista, aguardando possíveis desvalorizações. Os compradores ativos ofertaram preços menores para novos lotes. Do lado dos vendedores, muitos estão focados nas atividades de campo da segunda safra e demonstram flexibilidade nos valores e prazos de negociação. No campo, os agricultores seguem monitorando o clima, com expectativa de retorno das chuvas, o que pode mitigar preocupações com o impacto da seca de março em parte das regiões da segunda safra, como Paraná e Mato Grosso do Sul. A Conab informou em seu relatório do dia 14/04 que a semeadura da segunda safra brasileira foi finalizada. A colheita da safra de verão avançou para 65,5% da área nacional, acima da média de 60,3% dos últimos cinco anos. 

  • O valor do milho (24/04) é de R$ 81,60

Trigo

Os recentes feriados impactaram o ritmo de negócios envolvendo trigo e seus derivados no mercado nacional, segundo levantamentos do Cepea. Compradores sinalizam estar bem abastecidos, enquanto vendedores buscam realizar caixa com o produto da safra de verão, sem demonstrar urgência em liberar estoques. A expectativa dos vendedores é de novas valorizações nas próximas semanas ou meses. Pesquisadores do Cepea explicam que a oferta restrita neste período de entressafra continua a sustentar as cotações no Brasil. Na parcial de abril (até o dia 17/04), o preço médio do trigo no mercado disponível do Paraná apresentou um aumento de 2,5% em relação a março/25; no Rio Grande do Sul, a alta mensal foi de 4,9%; em São Paulo, de 2,8%; e em Santa Catarina, de 3,3%, conforme dados do Cepea. 

Confira os valores do trigo (24/04):

  • Paraná: R$ 1.579,77
  • Rio Grande do Sul: R$ 1.476,85
Perspectivas

Diante desse cenário, o mercado de grãos nas próximas semanas apontam para uma possível estabilização dos preços da soja, com a conclusão da colheita exercendo pressão de oferta, mas com o câmbio e a demanda internacional atuando como fatores de suporte. Para o milho, a expectativa é de que a pressão de baixa continue no curto prazo, influenciada pela retração dos compradores e pela proximidade da colheita da segunda safra. O clima e o desenvolvimento dessa safra serão cruciais para definir o rumo dos preços nos próximos meses. Já para o trigo, a tendência de preços firmes deve persistir durante o período de entressafra, com a menor disponibilidade sustentando as cotações, a menos que haja alguma mudança significativa na demanda ou nas expectativas para a próxima safra. O comportamento do câmbio e as condições climáticas globais também seguirão sendo fatores importantes a serem monitorados para todos os grãos.

Fatores que Influenciam o Mercado:
  • Câmbio: A taxa de câmbio impacta diretamente a competitividade das exportações brasileiras de grãos e, consequentemente, os preços internos, especialmente para soja e milho.
  • Demanda internacional: O apetite de compra de grandes importadores, como a China, influencia significativamente os preços globais e o fluxo de exportações do Brasil.
  • Condições climáticas: As condições climáticas nas principais regiões produtoras do Brasil e de outros países afetam diretamente a produção e a expectativa de oferta dos grãos.
  • Oferta e demanda interna: A dinâmica entre a disponibilidade dos grãos no mercado brasileiro e a demanda da indústria, de consumidores e do setor de etanol (para o milho) influencia os preços domésticos.
  • Política agrícola e econômica: Decisões governamentais relacionadas a financiamento agrícola, armazenagem, infraestrutura logística e tarifas de importação/exportação podem ter impacto nos custos e na competitividade do setor.