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Estudo

Avanço científico na reprodução artificial do Pirarucu: esperança para a preservação da espécie

Avanço científico na reprodução artificial do Pirarucu: esperança para a preservação da espécie

Pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura alcançaram um marco importante na reprodução artificial do pirarucu, espécie amazônica ameaçada de extinção e de alto valor comercial. Pela primeira vez, cientistas conseguiram analisar e descrever as células espermáticas do peixe, além de comprovar a viabilidade da coleta de sêmen.

Este avanço, fruto de quase uma década de pesquisas, representa um passo crucial para garantir a oferta de alevinos e atender à crescente demanda do setor produtivo por reprodução artificial, método já consolidado em outras espécies de peixes criadas em cativeiro.

A domesticação do pirarucu é um desafio para a ciência, pois, diferentemente de espécies como a tilápia, a reprodução em cativeiro ainda é limitada. Atualmente, a maior parte da reprodução do pirarucu ocorre de forma natural, com baixa taxa de sucesso.

Visando solucionar este problema, os pesquisadores desenvolveram um método de canulação para identificar o sexo dos peixes e o grau de maturidade das fêmeas, aumentando a eficiência da reprodução em cativeiro.

Com o projeto Aquavitae, os cientistas buscam agora consolidar um protocolo para a reprodução artificial do pirarucu, garantindo a oferta constante de alevinos ao longo do ano. A equipe já superou desafios como a sexagem dos peixes e a coleta de sêmen sem contaminação, e agora se concentra em aprimorar a técnica de fertilização artificial.

A próxima etapa da pesquisa envolve a criopreservação do sêmen do pirarucu, técnica que permitirá a conservação do material genético da espécie e contribuirá para sua preservação a longo prazo.

Este avanço científico representa uma esperança para a conservação do pirarucu, espécie fundamental para o ecossistema amazônico e para a economia da região. A reprodução artificial em larga escala poderá garantir a sustentabilidade da produção e o abastecimento do mercado, além de contribuir para a preservação da espécie.

Fonte: Embrapa