Redação SI 14/08/2002 – De acordo com os pesquisadores do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – da Esalq – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – da USP, atualmente, o desequilíbrio entre a oferta e a demanda do produto e as oscilações cambiais agravam a situação do setor. O aumento nos custos de produção dos suínos, provocado principalmente pela alta nos preços do milho e do farelo de soja, tem forçado os produtores a elevar a oferta do animal, gerando excesso do produto no mercado doméstico.
Além disso, a demanda pelo suíno tem se mostrado bastante retraída, uma vez que os frigoríficos nacionais estão bem estocados. Algumas agroindústrias inclusive alugaram câmaras frias para armazenar o estoque de carne suína, resultante da lenta absorção do produto brasileiro no mercado internacional – em âmbito mundial também há excesso de produção – e da retração no consumo interno.
Em Santa Catarina, agroindústrias e supermercados locais fecharam um acordo comercial, na semana passada, para reduzir os estoques da carne.
No mercado doméstico, os preços recebidos pelos suinocultores da região Sul mantiveram-se estáveis entre os dias 5 e 9 de agosto. Já em Minas Gerais e em São Paulo, as cotações novamente caíram – nas principais praças de comercialização, a baixa média foi de 2,5%.
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