
As informações semanais desse resumo econômico do agronegócio brasileiro foram coletadas de fontes confiáveis, refletindo a realidade atual do mercado interno de suínos, peixes e grãos.
Suinocultura: estabilização e oportunidades
Análises de mercado revelam um cenário contrastante para a carne suína: apesar da queda nos preços, a competitividade da proteína suína se fortaleceu. A maior oferta de suínos, aliada à demanda aquecida por outras proteínas, pressionou as cotações, mas a qualidade e o preço mais acessível da carne suína a tornaram mais atrativa para os consumidores.
Queda nos preços: O preço do suíno vivo em diversos estados brasileiros apresentou uma redução em relação aos meses anteriores. Os dados do Indicador do Cepea referentes ao dia 23, indicam os seguintes valores por quilo:
- Minas Gerais: R$ 7,96
- Paraná: R$ 7,63
- Rio Grande do Sul: 7,91
- Santa Catarina: 7,61
- São Paulo: R$ 7,93
- Mato Grosso (Acrismat): 7,40 (granja) e 5,18 (matriz)
- Minas Gerais (ASEMG): 8,00 (granja) e 5,60 (matriz)
Os dois últimos dados vêm da Bolsa Suíno MT da Acrismat, com validade de 27 de janeiro a 02 de fevereiro, em sequência dos Associados da ASEMG, com validade do dia 24 a 30 deste mês.
Principais Pontos:
- Aumento da competitividade: Apesar da queda nos preços, a carne suína se tornou mais atrativa para os consumidores em comparação com outras proteínas.
- Oferta maior que a demanda: O aumento da produção de suínos, superior à demanda, pressionou as cotações para baixo.
- Demanda aquecida por outras proteínas: A procura por frango e, em menor escala, por carne bovina, contribuiu para a queda nos preços do suíno.
Impacto para o mercado:
- Benefícios para o consumidor: A queda nos preços torna a carne suína mais acessível para os consumidores.
- Desafios para os produtores: A redução nos preços pode afetar a rentabilidade dos produtores de suínos e exigir ajustes na produção.
Perspectivas:
As perspectivas para o mercado suíno brasileiro dependem de diversos fatores, como a evolução da oferta e da demanda, políticas governamentais, condições climáticas e a competitividade com outros produtos. A maior competitividade da carne suína pode abrir novas oportunidades para o setor, mas os produtores precisam buscar maior eficiência e adaptar-se às novas condições do mercado.
Fatores que influenciaram a queda nos preços:
- Aumento da produção: A expansão da produção suína, impulsionada por investimentos e tecnologias, resultou em uma maior oferta no mercado.
- Demanda mais estável: A demanda por carne suína, embora tenha crescido, não acompanhou o ritmo da produção, o que gerou um desequilíbrio entre oferta e demanda.
- Concorrência com outras proteínas: A competitividade com outras proteínas, como frango e bovino, também influenciou os preços do suíno.
Aquicultura: um panorama regional

Um levantamento recente do Cepea revelou variações nos preços do pescado em diferentes regiões do Brasil. Os dados, referentes ao dia 17 de janeiro, indicam os seguintes valores por quilo:
- Grandes Lagos: R$ 7,08
- Oeste do Paraná: R$ 7,78
- Norte do Paraná: R$ 8,82
- Morada Nova de Minas: R$ 7,61
- Triângulo Mineiro e Alto Paraíba: R$ 7,55
A disparidade nos preços entre as regiões pode ser atribuída a diversos fatores, como:
- Custos de produção: Diferenças nos custos de produção, incluindo alimentação, energia e mão de obra, podem influenciar diretamente nos preços finais.
- Logística: A distância dos centros consumidores, a infraestrutura e os custos de transporte podem impactar nos preços do pescado em cada região.
- Demanda local: A demanda regional por determinadas espécies de peixes e a sazonalidade do consumo também podem influenciar os preços.
- Qualidade do produto: A qualidade do pescado, em termos de tamanho, espécie e frescor, pode variar entre as regiões, impactando diretamente no preço.
Fatores que podem influenciar os preços do pescado no futuro:
- Mudanças climáticas: Eventos climáticos extremos podem afetar a produção de peixes e, consequentemente, os preços.
- Doenças: Surtos de doenças em peixes podem causar perdas na produção e aumentar os preços.
- Políticas públicas: Incentivos governamentais à aquicultura podem estimular a produção e influenciar os preços.
- Consumo: As mudanças nos hábitos de consumo e a crescente demanda por produtos mais saudáveis e sustentáveis podem impactar o mercado da aquicultura.
Grãos: Soja, Milho e Trigo sob Análise Crítica

Soja:
O mercado da soja apresentou um cenário divergente nas últimas semanas. Enquanto os preços internacionais foram impulsionados por expectativas de menor produção nos Estados Unidos e demanda aquecida, os preços internos no Brasil foram pressionados pela perspectiva de uma safra recorde. A liquidez no mercado interno foi reduzida devido ao baixo volume de soja remanescente da safra anterior e o início da nova colheita.
Milho:
Os preços do milho permaneceram firmes no mercado brasileiro. A retração de vendedores, os baixos estoques e a demanda aquecida sustentaram as cotações. A necessidade de repor estoques manteve os compradores ativos no mercado spot. A Conab revisou para baixo a estimativa de estoque da safra 2023/24, reforçando a necessidade de importações, especialmente no primeiro semestre.
Trigo:
Os preços do trigo no mercado interno encontraram um nível de suporte, com algumas variações positivas. A produção brasileira da safra anterior foi menor do que o esperado, o que aumenta a dependência do Brasil das importações. A Argentina, com maior disponibilidade de trigo, surge como um importante fornecedor, mas a dinâmica das transações internacionais pode ser influenciada pela nova administração americana.
Perspectivas:
As perspectivas para o mercado de grãos no Brasil são marcadas pela incerteza. A safra recorde de soja pode pressionar os preços internamente, enquanto a demanda externa e as condições climáticas continuarão a influenciar o mercado. Para o milho, a necessidade de importações e a dinâmica das negociações internacionais serão fatores determinantes. No caso do trigo, a dependência das importações e a taxa de câmbio serão os principais fatores a serem observados.
Fatores que influenciam o mercado:
- Condições climáticas: As condições climáticas nas principais regiões produtoras influenciam diretamente a produção e os preços dos grãos.
- Demanda interna e externa: A demanda por grãos, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, impacta diretamente nos preços.
- Políticas governamentais: As políticas agrícolas e comerciais dos governos podem influenciar os preços dos grãos.
- Câmbio: A taxa de câmbio influencia a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.