
A imposição de tarifas pelo governo dos Estados Unidos e a subsequente retaliação de grandes importadores, como China, México e Canadá, intensificaram as dificuldades enfrentadas pela Smithfield Foods, o maior processador de carne suína dos EUA. Shane Smith, CEO da empresa, declarou que a comercialização de todas as partes do porco tornou-se uma necessidade diante do cenário complexo.
As tarifas desencadearam oscilações no mercado agrícola, impactando diretamente o escoamento de produtos. A China, principal consumidora de carne suína do mundo, respondeu às tarifas americanas com aumentos nas taxas de importação, abrangendo um montante significativo de produtos agrícolas e alimentícios dos EUA.
A Smithfield Foods, embora não exporte grandes quantidades de carne suína para a China, envia produtos de vísceras, como estômagos, corações e cabeças de porcos, que possuem alta demanda no mercado chinês. A empresa mantém a expectativa de que a China continue sendo o principal destino desses produtos, mesmo com as tarifas elevadas.
A complexidade logística também foi agravada pela suspensão das importações da unidade de processamento da Smithfield em Tar Heel, Carolina do Norte, pelo Canadá. A medida, decorrente de um problema relacionado às vísceras, impôs um revés adicional à empresa, que busca solucionar a questão.
Além dos desafios comerciais e logísticos, a Smithfield Foods enfrenta a preocupação com a escassez de mão de obra e o aumento dos custos trabalhistas, especialmente diante da possibilidade de novas leis de imigração nos EUA. A empresa acompanha de perto as discussões sobre o tema, buscando alternativas para minimizar os impactos em suas operações.