
O Brasil registrou em setembro o maior volume de exportações de carne suína desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 1997. De acordo com análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), os embarques totalizaram 150 mil toneladas, o que representa um avanço de 25% em relação a agosto e 26% acima do volume exportado em setembro de 2024.
O resultado expressivo reflete o fortalecimento da presença brasileira em novos mercados e a consolidação de destinos estratégicos, com destaque para as Filipinas, que desde fevereiro deste ano assumiram a liderança entre os principais compradores da carne suína do país. Em setembro, 49 mil toneladas foram destinadas ao país asiático — um aumento de 46,5% frente a agosto e 74% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado. Assim, as Filipinas responderam por 32,7% de todo o volume exportado pelo Brasil no período.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a forte demanda filipina e os embarques consistentes a outros destinos, tanto novos quanto tradicionais, mais que compensaram as quedas recorrentes nas compras da China, que historicamente ocupa posição de destaque entre os importadores.
O avanço, segundo o Cepea, é resultado direto do trabalho coordenado de instituições representativas da suinocultura nacional, que têm intensificado ações de promoção comercial, negociações sanitárias e ampliação de mercados internacionais. Esse esforço conjunto vem garantindo maior diversificação das exportações brasileiras, reduzindo a dependência de poucos compradores e fortalecendo a posição do país como um dos maiores exportadores globais de carne suína.












