Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 70,15 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,64 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,37 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,77 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,82 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,28 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,33 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 136,39 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 139,78 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 149,48 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 152,21 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,31 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 143,92 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,15 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.184,03 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.025,81 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 144,47 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 136,63 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 128,37 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 156,06 / cx

Comentário

Desafios do comércio exterior

Por José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC)

Desafios do comércio exterior

O Brasil precisa aumentar seu protagonismo na conjuntura mundial. A economia brasileira é uma das dez maiores do planeta, mas sua participação no comércio mundial não passa de 2%. A nova Administração Federal precisa debruçar-se, de forma prioritária, sobre essa questão.

A agricultura e o agronegócio assumiram forte centralidade na economia brasileira. Apesar da vocação exportadora do setor primário, o país deve enfrentar novos obstáculos em face do protecionismo e do nacionalismo. O mercado mundial não está plenamente aberto aos produtos brasileiros, assim como o Brasil ainda é pouco aberto às importações. O mercado global de carne é um exemplo da necessidade de aperfeiçoar o sistema de defesa comercial. As vendas externas de carnes renderam 15 bilhões de dólares em 2017, desempenho já afetado pelos efeitos da Operação Carne Fraca. Neste ano de 2018, o volume de embarques de carnes de frango cai 3% e de carne suína despenca entre 10% a 12%. Perderam-se os mercados da carne bovina in natura para EUA e das carnes bovinas e suínas para Rússia, reabrindo apenas para quatro plantas no Rio Grande do Sul. A China interpôs antidumping à carne de frango do Brasil. A União Europeia vetou 20 frigoríficos após a operação Trapaça. Ou seja, caiu a presença brasileira nos grandes mercados da China, Rússia Europa e Estados Unidos.

A contextura internacional é frágil, volátil e delicada. A guerra comercial que o presidente norte-americano iniciou contra a China afetará negativamente o crescimento dos dois países e terá repercussões mundiais. Apesar dos intensos esforços do Ministério da Agricultura para recuperar e conquistar mercados, falta mais agressividade ao governo brasileiro. Por exemplo, ainda não há previsão de vinda dos auditores europeus ao Brasil, medida necessária para a reabertura daquele continente – situação que exige atuação estatal.

Os analistas insistem que o Brasil deve se tornar um ator global mais enérgico. O País participa ativamente, porém ainda não é membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). É membro do Mercosul, mas esse bloco criado em 1991 nunca evoluiu para se tornar de fato um mercado comum e o processo de integração se arrasta lentamente. É necessário promover uma nova dinâmica para o Mercosul, com ênfase a uma maior integração do bloco com parceiros externos, principalmente com a Aliança do Pacífico, formada por Chile, Peru, Colômbia e México. Existe um grande potencial de ganhos ao se desenvolver uma estratégia que combine integração global e regional, explorando as complementaridades entre os blocos e que aumente a capacidade de alcançar mercados extrarregionais, como defende a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O Brasil integra o G-20 e precisa obter os necessários benefícios de pertencer a este grupo de parceiros. Por outro lado, há expectativa com 2019, ano em que o Brasil assumirá a presidência do Brics. Importante decidir qual a pauta de prioridades que perseguirá.

Uma maior presença no mercado internacional é uma exigência para superar o anêmico desempenho da economia verde-amarela, paralelamente às medidas duras e corajosas que devem ser implementadas para o ajuste fiscal, que incluem a reforma da Previdência, a redução do tamanho do Estado brasileiro e uma gestão pública eficiente.