
Os preços da soja no mercado brasileiro apresentaram recuperação na última semana, impulsionados por chuvas irregulares na América do Sul e incertezas sobre a relação comercial entre Estados Unidos e China, de acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
As chuvas irregulares em importantes regiões produtoras da América do Sul, como o Rio Grande do Sul, geram preocupações quanto à oferta da oleaginosa, levando os vendedores a se mostrarem mais cautelosos e retraídos nas negociações no mercado spot nacional. Esse fator contribui para a valorização do grão no Brasil.
Adicionalmente, as incertezas sobre o futuro da relação comercial entre Estados Unidos e China, especialmente no que tange às tarifas sobre produtos agrícolas, aumentam a expectativa de uma maior demanda chinesa pela soja brasileira nos próximos meses, o que também exerce pressão altista sobre os preços.
Fatores Limitantes:
Apesar do cenário favorável à alta, alguns fatores limitaram a valorização da soja no mercado brasileiro. A queda do dólar frente ao real torna as commodities norte-americanas mais competitivas no mercado internacional, reduzindo a atratividade da soja brasileira para os importadores.
Outro fator limitante é o aumento do frete rodoviário no Brasil, que impacta diretamente o valor recebido pelos produtores, dificultando maiores altas nos preços no mercado spot nacional.
Em resumo:
A combinação de fatores climáticos e geopolíticos impulsionou os preços da soja no Brasil na última semana. As chuvas irregulares na América do Sul e as incertezas sobre a relação comercial entre Estados Unidos e China criam um ambiente favorável à valorização do grão. No entanto, a queda do dólar e o aumento do frete rodoviário atuam como fatores limitantes, impedindo uma alta mais expressiva.