
Preocupações com a safra e custos logísticos contribuem para a valorização, enquanto derivados seguem caminhos opostos.
Os preços da soja no Brasil fecharam fevereiro em alta, impulsionados pelo aquecimento da demanda interna. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que, apesar da colheita abundante na América do Sul, fatores como preocupações com a produtividade das lavouras ainda por colher, aumento dos custos logísticos e a sinalização do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) de uma possível redução na área plantada com soja nos Estados Unidos ajudaram a sustentar as cotações.
Derivados com tendências opostas
O óleo de soja encerrou fevereiro em alta, impulsionado pela forte demanda dos setores alimentício e de biocombustíveis. Já o farelo de soja teve desvalorização, refletindo a cautela dos compradores, que aguardam um maior avanço da colheita para negociar novos lotes, segundo o Cepea.
Fatores que influenciaram o mercado:
- Demanda interna aquecida: O consumo interno de soja e seus derivados segue forte, impulsionado pela produção de alimentos e biodiesel.
- Preocupações com a safra: Apesar da boa safra na América do Sul, há incertezas sobre a produtividade das lavouras que ainda serão colhidas, o que contribui para a sustentação dos preços.
- Custos logísticos: O aumento dos custos de transporte e logística também impacta os preços da soja no mercado interno.
- Sinalização do USDA: A projeção de menor área plantada com soja nos EUA gera preocupações com a oferta global e influencia as cotações no Brasil.
Perspectivas:
A expectativa é que o mercado da soja continue acompanhando de perto o desenvolvimento da safra brasileira, a demanda interna e as informações sobre a safra americana. A relação entre oferta e demanda, os custos de produção e as variações do dólar serão fatores importantes a serem observados nas próximas semanas.











