
A terça-feira (4/2) foi marcada por negociações acaloradas na bolsa de Chicago, com os futuros de soja e milho em destaque.
Soja:
Impulsionada pela nova escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a soja fechou o dia em alta de 1,58%, cotada a US$ 10,75 o bushel.
A China anunciou tarifas de importação sobre produtos americanos, incluindo carvão e petróleo, em resposta às taxas impostas pelo governo Trump. Apesar da escalada, o mercado da soja não foi afetado negativamente, contrariando as expectativas de analistas.
Segundo Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural, a ausência de tarifas sobre grãos americanos e a postura mais amena de Trump em relação a outros parceiros comerciais, como México e Canadá, sinalizam para um possível acordo entre os países.
A expectativa de um acordo comercial entre EUA e China, com a China se comprometendo a comprar mais produtos americanos, pode impulsionar ainda mais o preço da soja na bolsa de Chicago, pressionando as cotações no mercado brasileiro.
Milho:
O milho também acompanhou o bom desempenho da soja, fechando em alta de 1,18%, cotado a US$ 4,9450 o bushel.
As cotações do cereal se mantêm elevadas desde o ajuste do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em janeiro, que reduziu a estimativa para a safra de milho no país.
A guerra comercial entre EUA e China também influencia o mercado de milho, com o temor de que tarifas sobre a soja incentivem o aumento da área plantada com milho nos EUA. No entanto, um possível acordo entre os países pode limitar esse crescimento.
Trigo:
Em contraste com a soja e o milho, o trigo não teve o mesmo desempenho, com os contratos para março fechando em alta de 1,81%, cotados a US$ 5,77 o bushel.