
As projeções mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) movimentaram de forma distinta os grãos na bolsa de Chicago. O destaque desta terça-feira (12/8) foi o milho, que fechou o dia em queda de 3,25%, cotado a US$ 3,9450 o bushel, atingindo a maior desvalorização.
O USDA surpreendeu o mercado ao elevar a estimativa para a safra de milho americana em 2025/26 para um recorde de 425,26 milhões de toneladas, um salto significativo em relação aos 398,93 milhões previstos no mês anterior. Segundo a Royal Rural, foi a maior alta de produção já registrada em um único relatório do USDA. Matheus Pereira, da Pátria Agronegócios, atribuiu a alta ao fato de o milho responder rapidamente às condições climáticas favoráveis. Com a oferta tão abundante, a Royal Rural projeta preços mais baixos no curto prazo.
Os preços da soja reagiram na bolsa de Chicago com uma alta de 2,12%, fechando a US$ 10,1275 o bushel, após um corte inesperado nas previsões de safra dos EUA. O USDA reduziu a estimativa de safra de soja no país para 116,82 milhões de toneladas para o ciclo 2025/26, frustrando as expectativas de analistas que projetavam 119 milhões. O órgão também reduziu sua previsão para os estoques finais americanos. Matheus Pereira lembrou que, mesmo com o aumento da produtividade, a redução da área plantada foi determinante para o resultado menor.
As cotações do trigo caíram no mercado internacional, fechando em baixa de 1,94%, negociado a US$ 5,05 o bushel. O USDA reduziu a previsão de safra nos EUA para 52,45 milhões de toneladas, mas o mercado foi mais influenciado pelas informações sobre a safra de trigo na Rússia, o maior exportador mundial. A consultoria russa SovEcon elevou sua estimativa para a safra de trigo no país para 85,2 milhões de toneladas, um acréscimo em relação aos 83,3 milhões previstos no mês passado, devido à melhora nos rendimentos e à expansão da área.










