
A colheita da safra de soja 2024/25 no Brasil avança lentamente, atingindo apenas 1,2% até o dia 19 de janeiro, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse índice é significativamente inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando a colheita alcançava 4,7%.
Impacto das Chuvas em Mato Grosso
O Estado de Mato Grosso, maior produtor de soja do país, enfrenta atrasos consideráveis. Apenas 1,5% da área foi colhida até agora, em contraste com 10,9% no ano anterior. As chuvas persistentes não só dificultam o avanço da colheita, mas também levantam preocupações quanto à qualidade dos grãos colhidos e ao impacto no plantio das culturas de segunda safra.
Preocupação no Paraná e no Rio Grande do Sul
No Paraná, a colheita chegou a 2%, enquanto no mesmo período do ano passado já estava em 7%. O tempo seco e as altas temperaturas têm comprometido o potencial produtivo, especialmente nas áreas em estágio de enchimento de grãos.
Já no Rio Grande do Sul, a situação é ainda mais grave. O Estado ainda não iniciou a colheita devido à seca severa que causa perdas irreversíveis. Segundo a Conab, áreas semeadas em outubro foram as mais prejudicadas, especialmente nas regiões do Alto Uruguai, Fronteira Oeste e Missões.
Perspectivas e Desafios
As condições climáticas adversas nas principais regiões produtoras reforçam a necessidade de estratégias de manejo e adaptação para minimizar impactos sobre a produtividade. O cenário atual também pode influenciar o mercado da soja, com reflexos nos preços e na oferta do grão.
A continuidade desse quadro exigirá atenção redobrada dos produtores para ajustar cronogramas de colheita e plantio de safras subsequentes, além de estratégias para mitigar perdas na produção.
Fonte: CONAB