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Anuário Suinocultura Industrial: Panorama do Registro Genealógico da Suinocultura Brasileira

Anuário Suinocultura Industrial: Panorama do Registro Genealógico da Suinocultura Brasileira

Desde 1958, o Serviço de Registro Genealógico de Suínos (SRGS) tem garantido a confiabilidade na origem e na linhagem dos reprodutores suínos. Por meio do registro, os animais são identificados como provenientes de práticas de seleção e melhoramento, possibilitando a transmissão de características desejáveis ​​para as próximas gerações e contribuindo para a evolução da produção suína no Brasil. Charli Ludtke, superintendente do SRGS, destaca a abrangência das ações do serviço. “Trabalhamos com granjas certificadas e auditadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), garantindo não apenas a origem dos animais, mas também a sanidade do plantel nacional. Isso fortalece a segurança e apoia a abertura dos mercados internacionais”, explica.

Outro ponto fundamental é o controle sobre a linhagem dos animais. A rastreabilidade oferecida pelo registro permite acompanhar a origem e as características dos suínos de forma específica, facilitando a identificação de eventuais problemas e garantindo maior confiabilidade nas transações comerciais. Além disso, uma base de dados mantida pela SRGS serve como uma ferramenta importante para o planejamento de programas de seleção e manejo da saúde animal. Por meio da organização e da padronização de informações, o SRGS contribui diretamente para a qualificação da suinocultura brasileira.

Evolução dos registros

Em 2023, o registro anual contabilizou 271.514 suínos. Até outubro de 2024, já foram registrados 231.599 animais, com previsão de um aumento de 5% no total até o fim do ano. Esses dados indicam avanços em práticas de seleção genética e na organização da produção, demonstrando como o setor está adaptado às demandas do mercado. O aumento nos registros sinaliza investimentos voltados para ampliação da capacidade produtiva e ao atendimento de mercados internos e externos.

O compromisso com a rastreabilidade e a organização produtiva é reforçado pela atuação das Granjas de Reprodutores Suíços Certificados (GRSCs). Essas granjas seguem critérios definidos pelo Mapa por meio das Instruções Normativas nº 19, de 2002, e nº 11, de 2020. Entre os requisitos estão monitoramentos sorológicos e protocolos de biosseguridade específicos ao controle e à erradicação de doenças como Peste Suína Clássica, Brucelose, Tuberculose, Doença de Aujeszky, Sarna e Leptospirose”.

Confira: