
Você já parou para pensar por que algumas carnes suínas têm cores e texturas tão diferentes? A resposta está em dois fenômenos curiosos: as carnes PSE e DFD. Prepare-se para uma jornada fascinante pelo mundo da carne suína!
PSE: A carne estressada
Imagine um porquinho que passou por um grande susto antes do abate. Esse estresse libera uma “enxurrada” de ácido lático em seus músculos, alterando o pH da carne. O resultado? Uma carne pálida, macia e com excesso de líquido, conhecida como PSE (Pálida, Macia e Exsudativa).
- Curiosidade:
- A carne PSE perde água facilmente, o que pode deixá-la seca e sem sabor após o cozimento.
- Em alguns casos, a genética do porco pode torná-lo mais propenso a desenvolver PSE.
- O atordoamento elétrico incorreto, pode agravar o problema.
DFD: A carne “cansada”
Agora, imagine um porquinho que passou por um longo período de estresse, sem tempo para descansar e se alimentar adequadamente. Nesse caso, seus músculos ficam “sem energia”, resultando em uma carne escura, firme e seca, a DFD (Escura, Firme e Seca).
- Curiosidade:
- A carne DFD tem um pH mais alto, o que a torna mais suscetível à contaminação por bactérias.
- Apesar da aparência seca, a carne DFD tem uma alta capacidade de reter água durante o cozimento.
- O problema da DFD, se agrava em animais grandes, como os bovinos.
A ciência por trás da cor
A cor da carne suína é determinada por uma proteína chamada mioglobina. Quando o pH da carne é alterado, a mioglobina também se transforma, resultando nas diferentes colorações das carnes PSE e DFD.
- A cor ideal da carne suína é um rosa-avermelhado brilhante.
- A oxidação da mioglobina pode deixar a carne com uma coloração marrom.
O impacto na indústria
As carnes PSE e DFD podem causar grandes prejuízos para a indústria de carne suína. Por isso, os produtores estão sempre em busca de soluções para minimizar o estresse dos animais e garantir a qualidade da carne.
- Técnicas de manejo adequadas, como o transporte cuidadoso dos animais, podem reduzir o estresse pré-abate.
- A seleção genética de porcos com baixa predisposição a PSE e DFD também é uma estratégia importante.