A agricultura, pilar da economia brasileira, está sempre atenta às condições climáticas, essenciais para garantir safras robustas. No entanto, em um país de dimensões continentais, o clima varia significativamente entre as regiões, impactando de formas distintas as principais áreas produtoras.
No Sul do Brasil, um ciclone extratropical está previsto para mudar o tempo, com risco de ventos fortes e temporais. Enquanto isso, o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) enfrenta um cenário de seca, especialmente crucial para o desenvolvimento da soja, a principal cultura agrícola do país.
Segundo o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima, a falta de chuva na região Matopiba, embora preocupante para a germinação das plantas, pode facilitar o avanço do plantio. As previsões indicam que chuvas mais consistentes chegarão somente no fim de outubro, com volumes maiores esperados para novembro.
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No Centro-Oeste, região de grande destaque na produção de soja e milho, a situação climática se mostra diferente. A formação de um ciclone extratropical no Sul traz chuva e temporais para o Mato Grosso do Sul, enquanto áreas de instabilidade se espalham pela região. Entretanto, há atrasos significativos no plantio em algumas áreas de Goiás devido à irregularidade das chuvas, o que pode impactar negativamente a segunda safra.
A interferência climática tem sido um desafio constante. A safra de grãos 2023/2024 terminou com uma queda de 21,4 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A irregularidade nas chuvas e eventos extremos, como seca e excesso de precipitação, afetaram várias regiões, incluindo o Centro-Oeste, Matopiba e o Rio Grande do Sul.
O clima continua sendo um fator decisivo para o sucesso da agricultura, e os produtores seguem atentos às mudanças para minimizar impactos e garantir a produtividade.
