Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 73,57 / kg
Soja PRR$ 128,51 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 132,94 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,92 / kg
Suíno SPR$ 8,60 / kg
Suíno MGR$ 8,53 / kg
Suíno PRR$ 8,20 / kg
Suíno SCR$ 8,13 / kg
Suíno RSR$ 8,14 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 183,98 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 189,36 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 207,62 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 210,62 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 177,84 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 200,75 / cx
Frango SPR$ 8,74 / kg
Frango SPR$ 8,83 / kg
Trigo PRR$ 1.576,40 / t
Trigo RSR$ 1.424,57 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 204,24 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 181,34 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 166,46 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 179,58 / cx

TBTAgrimidia

#TBT Agrimidia: "Produtividade em baixa"

#TBT Agrimidia: "Produtividade em baixa"

Este texto foi originalmente publicado na edição nº 929 da revista Avicultura Industrial, de abril de 1987, e revela um panorama desafiador enfrentado pela avicultura brasileira à época. Nos primeiros meses daquele ano, apesar de uma expectativa otimista impulsionada pela alta no preço da carne bovina e pela crescente demanda por proteínas acessíveis, o setor registrou perdas significativas de produtividade. Técnicos e produtores identificaram causas multifatoriais para o desempenho abaixo do esperado, com destaque para falhas no manejo alimentar e na formulação nutricional, além de limitações genéticas, sanitárias e climáticas.

O artigo reforça como, mesmo décadas atrás, a necessidade de qualificação técnica, adaptação às condições tropicais e aprimoramento das práticas de manejo já se impunham como pilares essenciais para a sustentabilidade da produção avícola nacional.

Texto na íntegra:

Nos primeiros quatro meses de 1987, o setor avícola brasileiro enfrentou um cenário preocupante com perdas significativas de produtividade, contrariando as projeções otimistas para o primeiro semestre. Embora tenha havido crescimento em relação ao ano anterior, o desempenho ficou aquém do esperado, justamente em um momento favorável para a avicultura, diante da elevação do preço da carne bovina e do aumento da demanda por proteínas mais acessíveis.

As causas para essa queda são múltiplas e ainda não totalmente esclarecidas, mas especialistas apontam fatores de ordem genética, sanitária, de manejo, ambientais e, sobretudo, nutricionais. Técnicos e produtores identificaram problemas relacionados ao fornecimento inadequado de nutrientes, tanto na formulação quanto na qualidade dos ingredientes das rações. Um dos pontos críticos foi o manejo alimentar inadequado de machos e fêmeas em conjunto e falhas na nutrição durante a fase pré-postura — período que exige atenção especial, pois influencia diretamente na produtividade da ave adulta.

Além disso, dificuldades na importação de microelementos essenciais e a ausência de mão de obra qualificada para o manejo das aves agravaram a situação, resultando em baixa produção, atrasos na postura, mortalidade embrionária e fragilidade na casca dos ovos. Também foi constatada a falta de parâmetros bem definidos sobre as necessidades energéticas das aves criadas em clima tropical, o que compromete a eficiência das dietas.

O cenário acende um alerta sobre a importância de investimentos em qualificação técnica, pesquisa em nutrição e melhorias no manejo para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável da avicultura brasileira.