Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 63,44 / kg
Soja PRR$ 129,04 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 135,68 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,68 / kg
Suíno SPR$ 8,78 / kg
Suíno MGR$ 8,42 / kg
Suíno PRR$ 8,15 / kg
Suíno SCR$ 8,09 / kg
Suíno RSR$ 8,07 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 164,43 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 168,16 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 182,38 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 188,07 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 158,08 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 176,28 / cx
Frango SPR$ 7,44 / kg
Frango SPR$ 7,45 / kg
Trigo PRR$ 1.476,58 / t
Trigo RSR$ 1.330,21 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 183,93 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 164,06 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 146,45 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 161,06 / cx

Produção

#TBT Agrimidia: Criação industrial de galinha-d’angola para corte como alternativa para produção avícola em 1987

Veja como o #TBTAgrimidia: Criação industrial de galinha-d’angola para corte pode revolucionar a avicultura no Brasil.

#TBT Agrimidia: Criação industrial de galinha-d’angola para corte como alternativa para produção avícola em 1987

Publicada na edição nº 927 da revista Avicultura Industrial, de 1987, esta matéria apresenta um panorama técnico sobre a criação industrial da galinha-d’angola para corte no Brasil. Assinada pelo médico-veterinário Francisco Militão de Sousa, a reportagem destaca os avanços genéticos importados da França, as exigências nutricionais específicas das aves e a importância de práticas de biosseguridade e manejo adequadas para garantir o sucesso produtivo. Em um momento em que o setor buscava alternativas à produção convencional de frangos, a galinha-d’angola surgia como uma opção promissora e rentável para a avicultura nacional.

Criação industrial de galinha-d’angola para corte exige manejo técnico e nutrição de precisão

A criação industrial da galinha-d’angola para corte vem se consolidando no Brasil como uma alternativa viável à produção tradicional de frangos. Segundo o médico-veterinário Francisco Militão de Sousa, a base genética das angolas industriais comercializadas no país é resultado de mais de 20 anos de melhoramento zootécnico realizados na França, conferindo às aves um potencial produtivo significativamente superior ao das aves crioulas.

Com crescimento rápido e constante, essas aves podem atingir até 1.700 gramas aos 93 dias, desde que mantidas sob rigoroso manejo nutricional e sanitário. Por serem sensíveis à qualidade da alimentação e à presença de fungos, a formulação das rações e o ambiente de criação exigem atenção especial.

Fases de criação e exigências nutricionais

O ciclo de produção das angolas industriais é de aproximadamente 13 semanas, dividido em três fases:

  • Inicial (0 a 4 semanas): Ração com 23% de proteína e 2.900 Kcal/kg de energia metabolizável. Esta fase é a mais crítica, exigindo boa ambiência e alimentação balanceada.
  • Crescimento (5 a 8 semanas): As exigências nutricionais diminuem, e o consumo médio de ração é de 1.900 gramas por ave. A densidade ideal de alojamento é de até 10 aves por m².
  • Final (9 a 13 semanas): Rações com níveis ajustados de proteína e minerais (Quadro V). O consumo médio nesta fase é de cerca de 2.540 gramas por ave.

As dietas devem usar apenas fontes proteicas vegetais, como soja, e ingredientes de boa qualidade e baixa umidade, principalmente o milho (inferior a 14% de umidade), para prevenir contaminação fúngica. A presença de micotoxinas é especialmente prejudicial às angolas.

As instalações podem ser as mesmas usadas na criação de frangos de corte, com adaptações no manejo térmico, principalmente nos primeiros dias de vida, quando a temperatura inicial deve ser de 34°C, reduzida gradativamente até 20°C. O uso de luz azul durante o período noturno ajuda a evitar amontoamentos.

Os sistemas de alimentação e hidratação podem utilizar comedouros tubulares e bebedouros pendulares, além dos modelos lineares tradicionais.

Como medida preventiva, recomenda-se uma dose única de vacina contra Newcastle na 5ª semana de vida. É fundamental manter boas práticas de higiene, fornecer água tratada e realizar exames de fezes a cada 25 dias para detectar coccidioses e verminoses. As angolas são comumente afetadas por Eimeria numidae e Eimeria grenieri, sendo necessário o uso de anticoccidianos nas rações das três fases. Mesmo com a profilaxia, surtos esporádicos podem ocorrer e devem ser tratados com medicamentos similares aos usados em frangos.

A criação industrial de galinhas-d’angola para corte demanda um manejo técnico rigoroso, com foco em nutrição balanceada, controle sanitário e ambiência adequada. Com esses cuidados, o sistema pode ser altamente produtivo e uma alternativa rentável à avicultura tradicional.