A Organização Mundial de Saúde Animal declarou esta semana que as granjas avícolas comerciais da Carolina do Norte estão livres da gripe aviária, suspendendo uma suspensão de meses de exportação de aves, de acordo com um comunicado do Departamento de Agricultura da Carolina do Norte.
Desde janeiro, um surto de gripe aviária de alta rotatividade no rebanho comercial de aves do estado impediu os criadores de exportar e comercializar suas aves para alguns condados estrangeiros.
Talvez o maior mercado que fechou foi a China, que compra pés de galinha — ou patas, como são chamadas — de produtores do estado.
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“Isso ajudará muito a indústria avícola da Carolina do Norte como um todo”, disse Bob Ford, diretor executivo da Federação Avícola da Carolina do Norte. “Eu diria que algumas dessas remessas estavam paradas, aguardando pedidos.”
Ford disse que não estava claro quando os embarques para o exterior seriam retomados, mas agora que a organização mundial designou o rebanho comercial da Carolina do Norte como livre da gripe aviária, nada os impede de reiniciar.
O estado exportou cerca de US$ 347 milhões em aves e produtos avícolas no ano passado, de acordo com o departamento de agricultura.
Embora a Carolina do Norte tenha sido impedida de exportar aves, outros estados atenderam à demanda, disse Jeffrey Dorfman, professor de economia agrícola e de recursos na Universidade Estadual da Carolina do Norte. Mas isso não é o ideal, afirmou ele.
“Em um ano com muita turbulência na agricultura, é bom receber boas notícias e para os agricultores ganharem algum dinheiro no bolso”, disse ele.
Surtos de gripe aviária na Carolina do Norte
Os fazendeiros da Carolina do Norte sofreram três surtos de gripe aviária em janeiro, os únicos surtos ocorridos em rebanhos comerciais até agora neste ano.
O primeiro surto ocorreu em 7 de janeiro em uma granja de ovos de galinha no Condado de Hyde. Lá, 3,3 milhões de aves tiveram que ser sacrificadas ou compostadas.
Em 27 de janeiro, 1.856 perus tiveram que ser sacrificados em uma fazenda no Condado de Sampson. E um dia depois, cerca de 24.400 perus tiveram que ser sacrificados em outra fazenda no Condado de Sampson, de acordo com o departamento de agricultura.
“Comparado a outros estados, fizemos um bom trabalho no gerenciamento da IAAP”, disse Heather Overton, porta-voz do Departamento de Agricultura do estado.
Em comparação, Ohio teve 78 rebanhos comerciais infectados este ano, totalizando mais de 25 milhões de aves, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. A Pensilvânia teve 40 rebanhos infectados, totalizando 7 milhões de aves.
As aves são rei na Carolina do Norte
Milhares de fazendas criam frangos e perus para empresas em celeiros grandes, longos e compactos por todo o estado. Muitas fazendas ficam ao norte ou leste do Condado de Mecklenburg. Outras se estendem de norte a sul, perto da Interestadual 95, a leste.
A Carolina do Norte ocupa o primeiro lugar entre todos os estados em receitas de aves e ovos, de acordo com o departamento de agricultura.
Os agricultores locais criam cerca de um bilhão de aves por ano , a maioria das quais são frangos de corte — ou frangos criados para corte. Os frangos de corte são a principal commodity agrícola do estado, gerando cerca de US$ 5,6 bilhões em receitas para os agricultores a cada ano, de acordo com o departamento de agricultura.
A declaração desta semana não significa que não possa haver um novo congelamento nas exportações e no comércio internacional, disse Overton.
A Carolina do Norte fica ao longo de uma rota popular para aves migratórias, que podem espalhar a gripe aviária de uma fazenda para outra, afirma o Departamento de Agricultura dos EUA. Equipamentos e trabalhadores agrícolas também podem transportá-la se trouxerem vestígios de esterco ou saliva de aves infectadas para os celeiros.
“Só porque fomos declarados livres de IAAP não significa que o risco de IAAP tenha desaparecido”, disse Overton. “Enquanto estiver presente em aves selvagens, sempre há uma chance de que possa atingir as nossas.”
Fonte: Charlotte Observer
