
A saúde esquelética das galinhas poedeiras é um tema crucial para o bem-estar animal e a sustentabilidade da produção de ovos. O professor Ian Dunn, em sua palestra Gordon Memorial, destacou a necessidade de uma abordagem multifacetada que combine genética, nutrição, práticas de criação e design de alojamento.
Dunn apontou um paradoxo: a transição para sistemas de criação sem gaiolas, embora benéfica para o bem-estar geral, aumentou os casos de danos ao osso da quilha. Para resolver esse problema, ele propõe:
- Adaptação do ambiente construído para minimizar lesões.
- Seleção genética de aves com esqueletos mais fortes e características comportamentais desejáveis.
- Otimização da nutrição.
A saúde óssea das poedeiras é uma preocupação antiga, mas os danos ao osso da quilha ganharam destaque recentemente. Dunn esclareceu que o problema não é o número de ovos, mas sim o processo de postura em si.
A pesquisa genética revelou o papel da cistationina-β-sintase no metabolismo ósseo. A manipulação dessa via, por meio da suplementação de betaína na dieta, mostrou resultados promissores na redução da homocisteína e no aumento da densidade óssea.
Os próximos passos incluem o desenvolvimento de métodos de seleção genética mais eficientes, como a avaliação da densidade do tibiatarso em aves vivas. A automação desses processos é fundamental para a adoção em larga escala.
Dunn enfatizou que a genética é uma ferramenta poderosa, mas não a única. A combinação de genética, criação, nutrição e design de alojamento é essencial para garantir o bem-estar e a sustentabilidade da produção de ovos no futuro.
Fonte: World Poultry