
Uma pesquisa realizada pelo Iousp (Instituto de Oceanografia da USP) em parceria com o Ipesp (Instituto de Pesca do Estado de São Paulo) revelou que o consumo de pescado no estado de São Paulo está abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Em média, os paulistas consomem pescado de uma a três vezes por mês, enquanto a OMS sugere o consumo de pelo menos duas vezes por semana, o que equivale a 250 gramas semanais.
A tilápia, em forma de filé, é a espécie mais consumida 1 no estado. No entanto, o alto custo da proteína é apontado como um dos principais fatores que limitam o consumo de pescado.
A pesquisa
- Investigou o perfil de consumo e os consumidores paulistas de pescados, além das principais espécies consumidas.
- Coletou dados para embasar políticas públicas que promovam o acesso, a distribuição e a inclusão do pescado na alimentação dos consumidores.
- Foi realizada com 1.947 pessoas de todas as regiões administrativas do Estado de São Paulo, que responderam a um questionário online.
Resultados
- Tilápia é a espécie mais consumida: seguida por salmão, pescada, atum, sardinha, cação, bacalhau e camarão.
- Consumo abaixo do recomendado: a maioria dos participantes (35%) consome pescado de uma a três vezes por mês.
- Alto custo é um fator limitante: 47% dos respondentes consideram o pescado “caro” e 19% acham “muito caro”.
- Preferência por filé de tilápia congelado: 73% dos consumidores que compram pescado para preparar em casa preferem filés de peixe congelados em supermercados.
- Preparo: peixe (29%) e crustáceos (26%) são preferencialmente consumidos fritos, enquanto moluscos (25%) são geralmente cozidos.
Importância do consumo de pescado
- O consumo adequado de pescado pode prevenir problemas cardiovasculares e distúrbios relacionados à saúde mental.
- É uma proteína biodisponível, de fácil digestão e rica em vitaminas e minerais como zinco, selênio, fósforo, cálcio e ferro.
- Contém menos gordura saturada do que a carne vermelha e é rica em ácidos graxos essenciais.
Soluções para aumentar o consumo
- Redução do preço do pescado: passa também pelo melhor aproveitamento do pescado, como o uso de outras partes do peixe para a produção de alimentos.
- Políticas públicas: promover o acesso, a distribuição e a inclusão do pescado na alimentação dos consumidores.
Próximos passos
- O Brasil tem potencial para se tornar um grande produtor de pescado.
- O aumento do acesso a esse alimento de alta qualidade nutritiva pode trazer benefícios sociais significativos.
Fonte: PODER360