Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 80,54 / kg
Soja PRR$ 130,14 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 135,04 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,88 / kg
Suíno SPR$ 8,64 / kg
Suíno MGR$ 8,53 / kg
Suíno PRR$ 8,23 / kg
Suíno SCR$ 8,14 / kg
Suíno RSR$ 8,25 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 200,55 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 205,31 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 224,74 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 229,80 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 192,52 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 219,04 / cx
Frango SPR$ 8,69 / kg
Frango SPR$ 8,71 / kg
Trigo PRR$ 1.578,32 / t
Trigo RSR$ 1.476,85 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 226,76 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 193,69 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 174,13 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 193,24 / cx

Produção

Paraná consolida liderança na produção de tilápias com expansão da GTFoods

Paraná consolida liderança na produção de tilápias com expansão da GTFoods

A GTFoods já é consolidada como um dos maiores nomes na avicultura brasileira e que agora, está ampliando sua presença no setor de proteínas animais com uma aposta estratégica justamente na liderança da tilápia. Em 2022, a empresa iniciou o abate do peixe em Mandaguaçu (PR) e, desde então, vem acelerando seus investimentos em um projeto verticalizado que consolida ainda mais a força da tilapicultura paranaense.

Com um olhar atento às demandas do mercado, o grupo está investindo pesado na diversificação de proteínas animais através da comercialização de sua marca Canção Alimentos. “É um projeto que a gente sempre idealizou, estudou algumas proteínas alternativas e, no momento certo, veio a oportunidade de entrar na tilápia. Mas é claro que estamos no processo de aprendizado e investindo bastante”, destaca Rafael Tortola, CEO da GTFoods.

Diversificação estratégica

O projeto de produção da GTFoods é baseado em um modelo verticalizado, garantindo controle total sobre a cadeia produtiva. Segundo Filipe Chagas, gerente da unidade de piscicultura, todas as etapas do ciclo produtivo são realizadas dentro da propriedade em Terra Rica (PR). “É o produto que a gente viu nascer, fez todo o processo, tem controle total e rastreamento. Assim, oferecemos ao consumidor final um peixe de qualidade garantida, com foco em biosseguridade e bem-estar animal, que sabemos ser muito importante”, explica Chagas. Atualmente, a GTFoods abate cerca de 12 mil tilápias por dia – mas o objetivo é crescer exponencialmente. Com a produção 100% verticalizada, prevista para ser concluída no início de 2025, a empresa espera eliminar a necessidade de compra de peixes de terceiros.

A fazenda em Terra Rica opera hoje em 40 hectares, mas a meta é atingir 250 hectares de lâmina d’água nos próximos anos. “Hoje, estamos operando com 20% do projeto. Quando ele estiver completo, sem aeração, será possível abater 40 mil tilápias por dia. Mas, com a aeração, esse número pode chegar a 80 mil”, projeta Tortola. Nos próximos 3 anos, a meta é atingir a marca de 100 mil tilápias abatidas diariamente, o que demandará uma expansão significativa da capacidade industrial. “Já estamos planejando a expansão do frigorífico atual ou até mesmo a construção de uma nova planta. A ideia do grupo é se tornar, em 3 anos, o terceiro [maior produtor de tilápia] do Brasil, com 100% do ciclo completo dentro de casa”, revela o CEO.

O desafio do “novo”

Mesmo com uma expansão estruturada, a GTFoods adota cautela ao considerar o modelo de integração com produtores independentes. “Não estamos fechados para essa possibilidade. Temos hoje mais de mil produtores de frango e parceiros no Paraná e estamos presentes em mais de 200 cidades”, explica Rafael Tortola. “Mas, nesse primeiro momento, a empresa optou por fazer investimentos dentro de casa porque trazer integrados é muita responsabilidade e eles esperam ter o retorno que a gente nem sabe. Como estamos em um cenário novo, precisamos primeiro passar pelo processo de maturação dentro das nossas unidades, acertar e errar dentro de casa, para então expandir”, completa.

E embora a experiência consolidada da empresa na avicultura oferece vantagens significativas na transição para a tilapicultura, como as semelhanças entre os processos produtivos e uma sinergia que também se estende à distribuição e ao relacionamento comercial, a jornada da GTFoods na tilapicultura está repleta de desafios típicos de um mercado em transição. “A maior dificuldade hoje é lidar com o ‘novo’. É um mercado onde você tem ainda muitas empresas profissionalizadas, mas parece que ainda não tem um padrão estipulado, sabe? O que a gente vê é cada empresa querendo fazer o que acredita”, diz o CEO.

Conforme ele, a falta de uniformidade na genética da tilápia no Brasil é outro ponto crítico. “No frango, por exemplo, temos duas empresas genéticas no mundo que provaram por A mais B que os seus produtos eram melhores, o que fez com que elas tivessem cada dia mais ‘corpo’. Mas, quando a gente pega a tilápia, principalmente em termos de genética, vê que cada empresa age de forma individual”, diz. Em busca de soluções, a GTFoods conta que faz parte da união de algumas empresas com a Peixe BR em uma iniciativa de desenvolvimento do melhoramento genético.

Fonte: Seafood Brasil